Sinopse: Elantris era a capital de Arelon: colossal, linda, literalmente radiante e repleta de seres benevolentes que usavam suas poderosas habilidades mágicas em benefício de todos.
Há dez anos, no entanto, a capital Arelon caiu em desgraça. Uma maldição misteriosa devastou Elantris e os corpos de seus habitantes, que agora vivem a decrepitude em intensa dor. Os elantrinos tornaram-se criaturas sem poder, enrugadas e parecidas com leprosos. E a própria Elantris ficou sombria e imunda.
Aviso: Tentei evitar ao máximo colocar Spoilers, mas talvez tenha um ou outro. Você foi avisado.
Opinião: Nem sei por onde começar. O livro é incrível, os personagens são marcantes, a história, viciante. Elantris, a cidade dos deuses. Elantris, a cidade onde tudo podia. Eu ganhei esse livro há um bom tempo, mas ele ficou esperando na estante junto com os outros, quando terminei de ler O Arqueiro, resolvi ler Elantris. Eu sei que demorei mais do que esperado, mas não porque eu quisesse, não conseguia lê-lo. Mas terminei, isso é que importa. Estava esquecendo, Elantris é o livro de estreia de Brandon Sanderson.
Vou fazer diferente no começo da resenha. Falarei sobre o prólogo e colocarei algumas coisas sobre Elantris durante seu auge. "Elantris foi bonita, no passado. Era chamada de cidade dos deuses: um lugar de poder, esplendor e magia." Já no começo eu imaginava a cidade como ela era, as pedras brilhavam com sua própria luz. "Por mais magnífica que Elantris fosse, seus habitantes eram ainda mais." Os elantrinos eram seres parecidos com fadas, ao meu ver, mas sem as asas. "Seus corpos se curavam rapidamente, e eram abençoados com grande força, sabedoria e velocidade. Podiam fazer magia com o simples mover da mão, (...) Os elantrinos eram divindades. E qualquer um podia se tornar um deles." Imagine você chegar em Elantris e se tornar um elantrino, um deus na terra. "Era chamada de Shaod. A Transformação. Chegava de repente, ao acaso (...) A Shaod podia tornar um mendigo, um artesão, um nobre ou um guerreiro. Quando chegava, a vida da pessoa afortunada terminava e recomeçava; ela descartava sua antiga existência mundana e mudava-se para Elantris. Lá podia viver em bem-aventurança, governar com sabedoria e ser venerada por toda a eternidade. A eternidade terminou a dez anos." E assim termina o prólogo.
O livro começa com o príncipe Raoden de Arelon acordando e descobrindo que a Shaod o alcançara. Mas não a Shaod que tornava homens em deuses, mas sim a sua outra face, a face que transformava homens em mortos-vivos, essa é a palavra. Não concordo muito com o termo leprosos, eles são muito enrugados, são, mas não é só isso, seus corações não batem, o sangue não circula, não sentem frio ou calor, não respiram, não precisam comer, são mais parecidos com zumbis, mas com a inteligencia ainda funcionando. Posso falar isso aqui porque não é Spoilers, uma vez que isso está no primeiro capítulo.
Raoden é jogado em Elantris pelo seu próprio pai, o rei Iadon, que tornou-se rei por ser o homem mais rico quando Elantris caiu em desgraça. Raoden, assim que entra em Elantris, percebe o quão a cidade está destruída, o lodo cobre tudo, até as pedras, pedras essas que um dia de outrora brilhavam como luz. Elantris possui três gangues que colocam o terror na cidade, eles se dividem em partes da cidade. Todos que chegam em Elantris trazem uma cesta de oferendas, e deve tomar cuidado para qual direção tomar, senão pode cair em uma da gangues mais perigosas.
Depois de correr contra um grupo que querem suas comida, Raoden encontra Galladon, um elantrino que apresentará a cidade. Também percebe que a dor no dedão do pé não passa (Raoden bateu o dedão numa pedra enquanto corria) e Galladon fala para ele que está morto,e que a única coisa que sentirá é dor, e se ele não tomar cuidado acabará enlouquecendo.
Mudando para Sarene, a filha do rei Eventeo de Teod, um reino do outro lado do mar. Sarene lembrou-me muito a Ana co'Seranta do Trono do Sol - A Magia da Alvorada. Ela tem atitude, personalidade, desconfia de todos e de tudo e enfrenta todos que entram no seu caminho. Ela estava noiva de Raoden, e quando chega a Kae, uma das quatro cidades que rondam Elantris, descobre que está viúva de um homem que nunca conheceu, mas mesmo assim tornasse princesa de Arelon, já que o contrato nupcial diz que se algum dos dois, Raoden ou Sarene, morresse antes da cerimônia o contrato continuaria valendo.
Sarene vai até o velório de seu futuro marido e o que a deixa muito intrigada é que o corpo está dentro do caixão fechado, e que o rei Iadon não permite que o abrem. Também descobre que seu tio Kiin, irmão do seu pai, mora em Kae junto com seus cinco filhos (ou quatro, não lembro muito bem). Sarene entra na política de Kae parecendo um boba que não tem nada na cabeça e começa a ensinar esgrima às mulheres da corte. E desconfia até seu último fio de cabelo do gyorn Hrathen.
Hrathen é um fjordênico, Fjorden é o país militarista (e teocrático) vizinho de Arelon. Hrathen vem para Kae a mando do seu rei Wyrn para converter Arelon para a sua religião, o Shu-Dereth. Assim que Hrathen chega a Elantris ele fica pensando que ninguém veio receber seu salvador. Ele é um homem um pouco misterioso e, as vezes, difícil de entender. Hrathen possui um ódio por Elantris, vê a maldição como um sinal de Jaddeth, seu deus misericordioso. Dilaf, um homem que possui uma fé fanática pelo Shu-Dereth, tornasse um odiv, tipo um juramentado a Hrathen, que faz tudo o que Hrathen mandar. Ele é ainda mais misterioso e muito perigoso, como vemos ao decorrer do livro.
O livro é basicamente esses personagens, 90%, ao meu ver. Não vou falar quem são os outros porque eles só possuem "ponto-de-vista" nas últimas cem páginas do livro, no seu clímax. Eu não esperava um final como o que o livro tem, com um gostinho de quero mais. Infelizmente, Elantris é volume único, a história é contada toda em um único livro. Já falei demais, espero quem gostem da resenha.
Antes de terminar, a arte da capa de Elantris...
E essa é uma que eu achei também sobre Elantris. Parece ser o príncipe Raoden na muralha de Elantris com a Universidade atrás.
Olá Vitor, passando para conhecer e seguir o blog, já que gostas de Fantasia, deixo-lê o convite para visitar meu blog e olhar meus trabalhos.
ResponderExcluirhttp://donskedar.blogspot.com.br
Uma pena não ter continuação, pois o final apresentou muitas brechas e mistérios não revelados.
ResponderExcluirTambém achei, ficou muitas informações vagas...
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