Este pequeno conto de José Saramago pode ser lido como uma parábola do sonho realizado, isto é, como um canto de otimismo em que a vontade ou a obstinação fazem a fantasia ancorar em porto seguro. Antes, entretanto, ela é submetida a uma série de embates com o status quo, com o estado consolidado das coisas, como se da resistência às adversidades viesse o mérito e do mérito nascesse o direito à concretização. Entre desejar um barco e tê-lo pronto para partir, o viajante vai de certo modo alterando a ideia que faz de uma ilha desconhecida e de como alcançá-la, e essa flexibilidade com certeza o torna mais apto a obter o que sonhou.
Aviso: Tentei evitar ao máximo colocar Spoilers, mas talvez tenha um ou outro. Você foi avisado.
Opinião: Este é a minha primeira leitura de José Saramago, e mesmo que seja muito complicado e difícil a leitura, eu gostei demais do ganhador do Prêmio Nobel de Literatura de 1998, e espero ler todos os livros dele, já estou lendo Ensaio sobre a cegueira, que já é um começo. Mas vamos às minhas opiniões, que cá entre nós, está atrasada.
Como já foi dito na sinopse, um homem chega até o rei e lhe pede um barco para ir até a ilha desconhecida. O rei fica curioso e o pergunta para que ele quer ir a uma ilha que talvez nem exista. E o homem responde que todas as ilhas são desconhecidas até que alguém desembarque nelas. A mulher da limpeza, que foi quem atendeu o homem que pediu o barco, sai pela porta das decisões e diz que nunca mais voltará, e vai ao encontro do homem que pediu o barco, que se encontra no porto, entregando uma carta do próprio rei o homem do porto. Aqui já dá para perceber que os personagens não possuem nomes, mas sim são reconhecidos pelas suas funções ou atos.
O conto tem sete parágrafos, mas são parágrafos muito grandes, no estilo saramaguiano, ou seja, só possui pontos finais e vírgulas, não existe travessões nem qualquer outro ponto. Assim, a leitura é difícil, sem contar que é o português de Portugal que se está escrito o conto, ou qualquer outro livro dele, uma vez que Saramago pediu que seus livros respeitassem o português de Portugal.
A pequena história se passa todo em volta de como o homem consegue o barco e de como ele e a mulher da limpeza vão navegar até a ilha desconhecida sem uma tripulação. O otimismo que o homem tem é de uma grandeza impressionante. Ele faz de tudo para conseguir um barco e, mesmo sem tripulação, ele sai a caminho da ilha desconhecida. Uma passagem que eu achei muito legal foi essa: "Que é necessário sair da ilha para ver a ilha, que não nos vemos se não saímos de nós...". Mesmo sendo um pouco complexo e de difícil entendimento, conseguimos entender o que Saramago queria passar para nós neste conto, que todos devemos sair de nós mesmos para poder encontrar o que mais se deseja.
Até o próximo.
O conto tem sete parágrafos, mas são parágrafos muito grandes, no estilo saramaguiano, ou seja, só possui pontos finais e vírgulas, não existe travessões nem qualquer outro ponto. Assim, a leitura é difícil, sem contar que é o português de Portugal que se está escrito o conto, ou qualquer outro livro dele, uma vez que Saramago pediu que seus livros respeitassem o português de Portugal.
A pequena história se passa todo em volta de como o homem consegue o barco e de como ele e a mulher da limpeza vão navegar até a ilha desconhecida sem uma tripulação. O otimismo que o homem tem é de uma grandeza impressionante. Ele faz de tudo para conseguir um barco e, mesmo sem tripulação, ele sai a caminho da ilha desconhecida. Uma passagem que eu achei muito legal foi essa: "Que é necessário sair da ilha para ver a ilha, que não nos vemos se não saímos de nós...". Mesmo sendo um pouco complexo e de difícil entendimento, conseguimos entender o que Saramago queria passar para nós neste conto, que todos devemos sair de nós mesmos para poder encontrar o que mais se deseja.
Até o próximo.
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