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28 de julho de 2014

Ensaio: Sobre Guerras

"Só os mortos conhecem o fim da guerra"

 A frase acima é de Douglas MacArthur e achei conveniente, já que Douglas lutou na França, e foi considerado um dos heróis do Corpo Expedicionário do Exército Norte Americano, sob o comando do General Pershing. Mas por que fazer um ensaio sobre guerras? Hoje faz exatamente 100 anos que a Primeira Guerra Mundial começou, e para o seu centenário nada mais justo do que falar sobre guerras. Não falarei sobre o que foi a Primeira Guerra Mundial, se você está lendo pensando em saber a história pode parar aqui mesmo. Aqui darei minhas opiniões sobre o que leva a humanidade a fazer a guerra e o que a mesma acaba deixando quando chega "ao fim".
 O ser humano sempre fez guerras, desde a Antiguidade, muito antes da Idade do Ferro, quando as guerras eram de paus e pedras (e como já dizia Albert Einstein: "A Quarta Guerra Mundial será de paus e pedras."). Fazer a guerra está tão intrínseca a humanidade quanto suas necessidades biológicas. Mas fazer a guerra leva a que fim? Poder, seja ele religioso, econômico, territorial, étnico, não importa qual deles, contanto que seja poder de algo. Se olharmos para o passado vemos que todas as guerras, sem exceção, foram "criadas" devido ao poder a algo, como por exemplo as Guerras Púnicas que ocorreram devido ao poder econômico, político e militar da Sicília e do Mar Mediterrâneo (rotas marítimas) pelas República de Cartago e República Romana.
 Contudo, mesmo as guerras gerando mortes, genocídios, e levando milhares de famílias à destruição, elas também são as melhores formas de a Humanidade evoluir. Não estou sendo a favor das guerras, mas grandes descobertas, como a Penicilina, mas eu sei que ela foi descoberta em 1929, mas só foi usada em humanos na Segunda Guerra Mundial, que foi a mesma que acelerou o processo, porque sabemos que esses testes demoram. Mesmo sendo a maior e a pior vergonha da Humanidade, as guerras possuem, mesmo que ínfimo, o seu lado bom.
Europa antes e depois da Primeira Guerra Mundial
 A Primeira Guerra Mundial também fez muitas coisas importantes, como a Revolução Russa, que tirou o poder da monarquia para tornar-se uma república socialista. Também temos como exemplo a Itália, uma vez que Benito Mussolini também tirou a monarquia do poder. Mas eu repito, não estou defendendo as guerras, só mostrando os fatos. Entretanto, o pior tipo de guerra que existe é a religiosa. Quantas pessoas morreram defendendo o seu Deus? Quantas lutaram para que o mundo só tivesse uma religião? Um único Deus ou Jeová ou Alá ou seja lá o nome que você O chame ou Os chamem? Vemos isso mais recentemente a guerra religiosa entre Israel, um país judeu, contra a Faixa de Gaza, um território palestino, onde um quer ver o outro morto, ou seja, os judeus querem os palestinos mortos, e os palestinos querem os judeus mortos, e quem ganhar ficar com todo o território da Terra Santa, e assim a guerra continuará, apesar das intervenções da Organização das Nações Unidas (ONU) e outras instituições internacionais. Algumas pessoas acham que eles são lunáticos com sua religião, mas você também não o é? Você aceita somente o que sua religião prega, e ignora todas as outras como inferiores? Se sim, você também é um lunático, já que não aceita o que o outro fala. Hoje, depois de anos afastado, sou Católico, mas até me encontrar, visitei muitas outras religiões com FUNDAMENTO, não aquelas criadas com o intuito de arrecadar dinheiro para encher o bolso do "pastor", e respeito todas as que visitei, mas não me senti confortável. Mas eu não critico as outras, se eles são felizes assim, quem sou eu para julgá-los (esse não é um post sobre religião, esse tema será para o futuro). Então, na cabeça deles, eles estão defendendo sua crença, o problema é que com isso centenas de milhares de inocentes morrem, entre eles milhares de crianças que nem sabe o que está acontecendo. E aí, isso não é mais uma guerra, mas sim uma atrocidade de último grau, uma genocídio sem precedentes.
 Enfim, guerras sempre existiram, e sempre existirão na Humanidade. Somos ainda iguais bebês, que brigam, choram, batem quando querem alguma coisa, porque não sabemos falar, e aqueles que sabem não são ouvidos, porque os outros ainda estão gritando. Espero que um dia cresçamos e aprendamos a falar, e assim, desenvolver um diálogo com resultados, que a ONU consiga por um fim a essa Guerra Santa que assola o Oriente Médio a milhares de anos. Que entendamos que etnias merecem um pedaço de terra para usufruírem-na sem o medo de que uma bomba caia sobre suas cabeças. Que um dia judeus e palestinos entrem em um acordo para criar seus países, como fez a Igreja Católica, que depois de anos em guerras para ver quem controlava os Estados Papais, resolveram controlar uma área de apenas 44 hectares que fica dentro da cidade de Roma, o chamado Estado da Cidade do Vaticano.
 Para terminar esse longo ensaio, uso a frase do Axe Peace: "Faça amor, não faça guerra.".

9 de junho de 2014

Ensaio: Começando a fazer ensaios

 Escrever ou não escrever, eis a questão. Escrever sempre.

 Como digo há bastante tempo, sempre tendo inovar o blog para meus leitores, e eis que tive essa ideia de colocar todo mês um ensaio sobre temas diversos. Eu já fiz meu primeiro ensaio (leia-o aqui) e gostei de ter feito, por isso vou fazer mais, até que minhas ideias ou imaginação permitem. Esses ensaios serão postados toda segunda ou terceira semana de cada mês, e sem dia específico para o mesmo. Contudo a questão em questão é: por que quero fazer ensaios?
 Eu sempre gostei de escrever. Desde quando comecei a escrever tenho essa necessidade de colocar em palavras quase tudo, e por isso fiz esse blog, não só para opinar sobre livros, mas também para passar aquilo que eu achei de determinado livro para os leitores, no caso vocês, e escrever. Na época do colégio, nas aulas de Redação, eu sempre escrevia os maiores textos da turma, sempre tive uma imaginação para a narração incrível, era só a professora apresentar o tema que eu fazia uma redação narrativa, claro que depois de algum tempo pensando.
 Com o tempo as redações narrativas foram diminuindo e começaram as dissertativas, e aí vem o problema. Eu não consigo escrever muito bem dissertando e sem dar o meu ponto de vista, tendo que apresentar só provas e mais provas do porquê aquilo aconteceu, acontece ou acontecerá. Gosto de escrever livremente sem ter alguém ou o que falando o que devo fazer, a escrita, ao meu ver, é uma coisa livre e deve continuar assim. Por esses motivos, minhas redações no ENEM sempre eram na média ou baixa, variando de 540 a 640, o problema é que para mim estavam ótimas.
 Enfim, eu me identifiquei muito com o fazer ensaios, porque eles nos permitem apresentar qualquer tema e discorrer sobre ele colocando nosso ponto de vista do jeito que quisermos. Assim, com o intuito de melhorar e tornar mais dinâmico o blog, eu começo a fazer ensaios mensalmente sobre temas como livros, séries, filmes, notícias das mais variadas, vida, e assim vai uma longa lista de temas sobre os quais posso escrever. Não há como negar que a arte da escrevia é incrível, e espero aprendê-la em sua completude, ou pelo menos em parte. Em suma, não sabia quão bom era escrever ensaios.

 PS.: Se vocês quiserem deixar um tema para o próximo ensaio é só comentar aqui mesmo, e se eu gostar do mesmo, ele pode ser o próximo ensaio.

29 de maio de 2014

Ensaio: Por que Geografia?

 Essa pergunta passa pela minha cabeça a alguma tempo: por que Geografia? Por que fazer (diz-se aqui estudar) Geografia? Escuto muito essa pergunta junto com essa outra: para dar aula? Talvez, pretendo dar aula sim, mas não é só para isso que a Geografia serve. Contudo, ainda tento responder a essas perguntas e aos poucos estou chegando a uma conclusão, e é justamente por isso que faço esse ensaio (meu primeiro), e intencionalmente no dia do Geógrafo.
 Sempre fui fascinado por Geografia no colégio (dito aqui como Geografia Escolar, mas isso não vem ao caso no momento), quando estudava mapas ou organizações internacionais ficava encantado e todos os professores que tive percebiam isso, porque em toda aula eles perguntavam se eu estava entendendo a matéria. Mas Geografia não foi minha primeira opção de vestibular, minha opção era Geofísica, e depois de muitas conversas com professores de diversas disciplinas eu escolhi, seguindo o conselho deles, de fazer Geografia, porque daria uma base melhor para a Geofísica. Hoje, não sei se farei Geofísica, porque a Geografia na universidade me fascinou tanto que talvez eu nunca mude de curso ou faça outro, mas mestrado e doutorado é uma coisa que pretendo, e quanto antes melhor.
 Uma breve história contada, mas vamos ao tema no qual esse ensaio tem sua base: por que Geografia? Já possuo algumas respostas, como disse anteriormente, e pretendo ser breve com as respostas, mesmo que algumas já foram respondidas no parágrafo anterior. É de conhecimento público que a Geografia estuda em primeiro plano as relações da sociedade com a natureza, o espaço, o território, as organizações de todos os tipos, as populações, o relevo, o clima, e tantos outros que ficaria muito tempo falando aqui. E isso tudo eu gosto. Gosto não é a palavra certa, eu amo tudo isso. Por que Geografia? Porque Geografia abriu meu horizonte de pensamento crítico, mas como assim? Antes eu não possuía um pensamento crítico como hoje, minha percepção do entorno era muito baixa, lia jornal para saber dos acontecimentos, mas atualmente se leio um jornal faço uma pequena discussão comigo mesmo e procuro entender todos os pontos de vista, como no caso da Crimeia, e não aceitar o lado que o jornal está defendendo. Espero que consigam entender o que quero dizer.
 Outro fato importante é em relação ao dar aula. Sempre fui fascinado pela profissão mais nobre que existe: a de professor. Eu me pergunto o quão bom deve ser você ficar em frente de uma sala com trinta, quarenta alunos passando aquilo que você aprendeu para eles, dando conhecimento, encaminhando-os para um futuro que você saberá que foi você que ajudou a alcançá-lo, mesmo que não tenha retribuição por isso, mas não estou interessado em uma "gratidão falsa" de alunos, quero ser reconhecido por aqueles que merecem (falando assim pareço rude, mas não sou, sou só sincero). Mas não é isso que eu quero para uma vida inteira, talvez quando eu estiver velho possa voltar a dar aula mais como um hobbie do que como um trabalho.
 Atualmente, minha maior fascinação dentro da Geografia é a área da Política, mas não é essa política podre brasileira, onde só há corrupção e vagabundagem escancarada. Essa área que eu gosto é a da Geografia Política (ainda não fiz essa disciplina, mas período que vem eu irei fazer, mas não preciso ter feito para poder falar aqui). Conhecer a política internacional é incrível, as relações entre os países, seus tratados etc, mas com isso vem outra pergunta: por que não fazer então Relações Internacionais (RI)? Resposta simples: porque eu não quero. RI não é "minha praia", não quero ficar sentado em escritório fazendo relatórios, isso cansa muito (mas não desmereço quem faz RI, acho muito legal quem faz). Com isso, diz-se aqui geografia política internacional, vem meu maior sonho: trabalhar na Organização das Nações Unidas, a ONU, com a Geografia Política Russa ou da Cidade do Vaticano. E eu sei que você vai pensar que é loucura eu pensar em trabalhar na ONU porque é muito difícil, quase impossível, e blábláblá... E aí eu lhe pergunto: mas foi impossível para aqueles que trabalham lá? Foi difícil, sim, quase improvável, mas não impossível. Uma vez li a seguinte frase: "Se você não acreditar em si mesmo, quem irá acreditar.". Não lembro qual autor é, mas é uma frase que levo comigo por toda a minha vida, junto com essa que minha mãe disse: "Quando nós queremos/sonhamos muito uma coisa, ela acaba vindo para nós." (não sei se foi assim que você falou mãe, mas vale mesmo assim). Mas voltando com o assunto ONU, eu quero poder viajar para debater assuntos importantes e de importância vital, quero fazer parte de algo importante que sei que ajudei a acontecer. Pareço uma pessoa egocêntrica assim, mas não sou, não quero ficar nadando em dinheiro (mas um pouco de dinheiro não faria mal a ninguém, principalmente para nós, escravos do capitalismo) só tenho medo de morrer no esquecimento, morrer e saber que não contribuí em nada para com a Humanidade. Isso sim eu quero fazer, e acho que a Geografia me ajudará, e muito, a alcançar isso, mais do que todas as outras disciplinas juntas.
 Termino aqui meu primeiro ensaio de muitos que virão com uma pergunta para você: por que vocês escolheram o curso que fizeram/fazem e não outro, entre tantos? Reflitam um pouco sobre isso, vale a pena. E aqui deixo o meu até logo. Hic et ubique¹.

 ¹ - Hic et ubique - Aqui e em todos os lugares, lema sobre o qual a Geografia sempre existiu.

 PS.: Se não for muito incômodo, eu queria que vocês deixassem um comentário falando do que vocês acharam desse ensaio, se foi claro ou confuso. E também queria uma resposta de vocês sobre a escolha que fizeram.