Aviso: A sinopse abaixo contém Spoilers do final d'O Inimigo de Deus, e, consequentemente, d'O Rei do Inverno.
Sinopse: [...] A partir de fatos históricos comprovados, ele [Bernard] criou uma Britânia realista, exatamente como deve ter sido no século V, época em que Artur teria vivido. Sobre esse cenário, reconstruiu a vida dessa figura lendária em uma série de romances que se encerra com Excalibur. Este último episódio, a Britânia está mergulhada em trevas profundas. O rei Mordred governa com mão de ferro, e Artur, separado de Guinevere após ser traído por ela, vê seus sonhos de paz desmoronarem. Em sua eterna luta para unir todo o reino, Artur enfrenta inimigos poderosos e inesperados: os antigos deuses britânicos, que poderão ser combatidos apenas com a conversão de Artur ao cristianismo. Um conflito que tem seu clímax na Batalha de Mynyd Baddon, um combate memorável que originou as lendas em torno de Artur que chegaram até os nossos dias.
Excalibur encerra a trilogia iniciada com O Rei do Inverno, levando aos leitores a vida de Artur e seu mundo com uma nitidez espantosa, jamais conseguida em outras narrativas. É a história de um homem que luta por seus ideais em uma era brutal, prejudicado por suspeitas e magias do passado, rodeado por intrigas, e que depende apenas de sua habilidade na guerra e do talento para a liderança. Um romance empolgante que revela fatos históricos sobre Artur e seu mundo, imortalizados por bardos que há séculos cantam e contam as aventuras do maior herói de todos os tempos.
Aviso: A opinião que se segue abaixo pode ter alguns Spoilers dos livros anteriores e desse. Mas evitei colocar informações de grande importância desse livro. Você foi avisado.
Opinião: Demorei um pouco para ler e para fazer esse post, mas terminei e estou postando com uma dor no coração, porque infelizmente As Crônicas de Artur acabou, e como acabou. Reviravoltas e mais reviravoltas ao longo da história toda, e não só com Derfel ou Artur, mas com todos as pessoas que os rodeiam também. E concordo com Derfel que esse é o livro mais sombrio de todos, contudo, ele possui seus momentos de leveza, mesmo que estes sejam bem pouco e incomparáveis com os sombrios, que chocam demais as vezes. Se você se quiser ler as minhas opiniões a respeito dos dois livros anteriores, basta clicar aqui.
O livro começa com Derfel já idoso falando com Igraine sobre o que Artur fez com Guinevere após descobrir sua traição com Lancelot no Templo de Ísis, no Palácio do Mar, próximo à fronteira da Terra dos Bélgicos. Logo após Derfel continua contando sua história e já de cara temos ele conversando com Merlin sobre a mesma coisa. Merlin continua com a ideia de construir sua grande fogueira do Mai Dun, onde ele e Nimue, principalmente, acham que os deuses retornarão à terra e livrará os indesejáveis cristãos e saxões da ilha da Britânia. A primeira parte do livro é basicamente voltada para esse acontecimento, com os preparativos e afins, e que possui seu clímax no final da primeira parte, e que não quero contar senão dou um grande spoiler. Um pouco antes das fogueiras do Mai Dun, Merlin afirma à população que os deuses já estão mandando sinais à eles, como um ser que brilha no escuro que aparece misteriosamente em um castelo que não lembro qual.
Após os acontecimentos das fogueiras do Mai Dun, a Britânia entra em completa escuridão e sofrimento. O fracasso causado foi tão grande que Merlin sente isso de tal maneira que o vemos cada vez mais velho, e Nimue simplesmente some da face da Terra, ninguém sabe onde ela está. E logo Merlin também some. Os saxões planejam invadir a Dumnonia e rasgar o reino ao meio. Então Artur começa a reunir seu exército, mesmo sabendo que será inferior ao dos saxões, que recebem mais soldados a cada dia que passa vindo do outro lado do Mar Germânico. E Mordred que continua o mesmo de sempre, mas reviravoltas, que são spoilers, o "tiram" do trono: ele continua sendo o rei, mas sem influência nenhuma de mandar (como o é na Inglaterra hoje, onde a Rainha Elizabeth II é somente uma Chefe de Estado, ou seja, representa o Estado Nacional Inglês, e o Primeiro-Ministro, um Chefe de Governo, ou seja, governa o país a partir do Poder Executivo). Contudo, Mordred toma um gosto pela batalha, torna-se um exímio soldado e mata com uma voracidade grandiosa, com nenhuma piedade.
É durante a Batalha do Mynyd Baddon que Guinevere torna-se de novo uma personagem que eu gosto. Ela possui uma fibra incrível e não tem medo da batalha iminente, até faz uma coisa que ajuda os soldados de Derfel no Mynyd Baddon (mas por que ela está ali? Leiam o livro e saberão, rs). Guinevere ganha um maior destaque no livro até o final.
Mas é na parte intitulada A Maldição de Nimue que as coisas ficam mais sombrias e começam ir de mal a pior. E quando digo pior é ruim mesmo. Nimue está mais louca do que nunca, mas sua loucura tem uma explicação: ela não se conforma com o erro causado por Merlin nas fogueiras do Mai Dun, e ainda quer que a antiga religião e tradições continuem vivas. O cristianismo se espalha pela ilha com uma velocidade absurda, e por isso que acabei entendendo Nimue, mas é triste perceber que uma mulher que tinha tudo para ser uma incrível druida, podendo ser no mesmo nível de Merlin, chegar à demência do jeito que ela chega.
E para finalizar, como todos sabemos (se você leu os livros anteriores antes dessa humilde opinião) Derfel é cristão quando conta a história para a rainha Igraine, e nesse livro ele nos conta como isso ocorreu e também como perdeu a mão. É uma cena triste e desesperadora, porque ao mesmo tempo que ele quer continuar a ser fiel aos seus deuses, tem que converter-se para salvar uma pessoa da morte. Mas o final, para mim, é o mais incrível, e não é à-toa que é justamente a última batalha do livro que dá a Artur o título de herói que hoje conhecemos. Com o final de Excalibur eu me senti um órfão. Ainda estou de ressaca literária, porque não consegui pegar nenhum livro de fantasia ou fantasia-histórica para ler. Só tenho uma coisa a falar sobre Artur: ARTUR, O REI QUE NUNCA FOI, O INIMIGO DE DEUS E O SENHOR DAS BATALHAS. Esse sim é/foi um verdadeiro herói, mesmo que só exista/existiu na nossa imaginação.
Até mais.
Se você gostou de Excalibur, pode gostar também de:
A Busca do Graal, de Bernard Cornwell;
O Último Reino, de Bernard Cornwell;
O Condenado, de Bernard Cornwell;
O Forte, de Bernard Cornwell;
As Crônicas de Gelo e Fogo, de George R.R. Martin;
A Crônica do Matador do Rei, de Patrick Rothfuss;
O coração dos heróis, de David Malouf.
"...A noite chega, e agora começa minha vigília. Não terminará até a minha morte... Viverei e morrerei no meu posto. Sou a espada na escuridão. Sou o vigilante nas muralhas. Sou o fogo que arde contra o frio, a luz que traz consigo a alvorada, a trombeta que acorda os que dormem, o escudo que defende os reinos dos homens. Dou a minha vida e a minha honra à Patrulha da Noite, por esta noite e por todas as noites que estão para vir." Votos da Patrulha da Noite
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13 de dezembro de 2014
8 de agosto de 2014
O Inimigo de Deus - Livro II d'As Crônicas de Artur, de Bernard Cornwell
Aviso: A sinopse abaixo contém Spoilers do final d'O Rei do Inverno.
Sinopse: Artur saiu vencedor da sangrenta batalha no Vale do Lugg e conseguiu seu objetivo: Unificar os Reinos da Britânia sob um juramento de fidelidade ao jovem Rei Mordred. Chegou, então, a hora de um confronto definitivo contra os saxões, para expulsá-los de uma vez das terras britânicas e alcançar uma era de paz e prosperidade.
Mas um grande conflito pode atrapalhar seus planos: a luta entre os antigos Deuses e os cristãos. Para Artur, não importa se a nova religião vencer, desde que isso não atrapalhe seus objetivos. Um homem, porém, jamais se esquecerá da antiga fé: Merlin, se ele conseguir reunir os Treze Objetos Sagrados da Britânia, espalhados quando os romanos devastaram Ynys Mon, a Ilha Abençoada, os Deuses serão restaurados e os saxões serão lançados ao mar e o cristianismo será apagado até o último vestígio.
O mais poderoso desses objetos é o Caldeirão Mágico. Para recuperá-lo, Merlin deverá partir em uma jornada que o levará a lugares perigosos e desconhecidos. Nessa viagem, contará com o auxílio de sua magia e da espada de Lorde Derfel, um dos mais poderosos guerreiros de Artur, que segue com ele rumo aos confins da Terra em busca do tesouro. O caos, porém, toma conta de toda a Britânia. E onde menos espera, Artur recebe golpes duríssimos, que põem em risco sua vida, família e todos os planos para o reino.
[...]
Aviso: A opinião que se segua abaixo pode ter alguns Spoilers do livro anterior e desse. Mas evitei colocar informações de grande importância. Você foi avisado.
Opinião: Demorei para ler esse livro (em relação ao tempo em que eu li O Rei do Inverno) e também este post está um pouco atrasado, porque eu estava louco para terminar O Escolhido (opinião em breve), mas isso é para outro dia, em outro post. Os personagens e o ambiente que Bernard cria/descreve são incríveis, que faz com que você viva naquela época. Algumas "informações" (se é que posso falar assim) estão ditas no post do primeiro livro (link acima), como por exemplo como os capítulos são começados.
Artur, o Rei que Nunca Foi, o Inimigo de Deus e Senhor das Batalhas, finalmente consegue a paz entre os reinos da Britânia, uma paz consequência da batalha do Vale do Lugg. Os reinos estão finalmente se entendendo e se unindo para guerrear com um inimigo em comum: os dois reis saxões que ocupam o extremo leste da ilha, numa região chamada Lloegyr. Após o inverno que se seguiu a batalha do Vale de Lugg, Artur reúne o exército bretão e vai em direção ao leste. Mas antes disso algumas coisas importantes acontecem.
Derfel é convocado por Merlin e Nimue (com quem tem um juramento) para ir com eles atrás do Caldeirão Mágico, um dos Treze Tesouros, pela Estrada Sombria e adentrar no reino de Lleyn, reino esse de um terrível rei irlandês que não lembro o nome, rs. Então, Merlin, Nimue, Derfel, Ceinwyn (porque só uma virgem pode encontrar o caldeirão), e mais alguns guerreiros vão atrás desse caldeirão. Merlin faz um juramento aos deuses que se ele não encontrasse o caldeirão, ele morreria, e isso começa a ocorrer no momento em que ele pisa na Estrada Sombria. Mas o pior estava por vir, o rei de Lleyn estava esperando por eles e os encurrala em Ynys Mon, onde supostamente o caldeirão está enterrado. Após acharem o caldeirão e Merlin quase morrer (mesmo eu achando que ele morreu e ressuscitou após colocarem ele dentro do caldeirão), e depois fazer uma magia para eles saírem de lá sem serem vistos e voltar à Britânia dos bretões. Assim, Merlin possui onze dos Treze Tesouros.
Um pouco antes dessa viagem, Lancelot, o irritante (o personagem mais ridículo criado até agora ,para mim, pelo tio Bernard) iria se casar com Ceinwyn, mas algo acontece e ele não se casa, mas ainda assim torna-se o Rei da Silúria, o pequeno reino a oeste de Gwent que ficou sem rei após a batalha do Vale do Lugg. Mas como Lancelot é ambicioso, ele quer mais e não se conforma de Ceinwyn abandoná-lo no dia do noivado. Então Lancelot é batizado como cristão para poder fazer parte do "clube" de Mitra sem ter o perigo de perder se houvesse uma votação. E, antecipando um pouco, quando Artur está para a guerra contra os saxões, Lancelot fica na fronteira entre o reino saxão do sul e o reino dos Bélgicos para se houver uma invasão do rei Cerdic. E sendo Lancelot, ele fica com uma ambição de ser rei daquelas terras.
Após voltar dessa incrível aventura com Merlin, Lorde Derfel Cadarn e os Cavaleiros do Caldeirão vão para a guerra ao lado de Artur contra os saxões, chegando até Londres, uma cidade construída pelos romanos e que está caindo aos pedaços.
Guinevere continua incrível na sua feminilidade, e continua também a fazer maquinações para que Artur seja rei, mesmo sabendo que nunca conseguirá isso. Ela até manda construir o incrível Palácio do Mar, perto da Terra dos Bélgicos, porque será? Ela continua odiando com todas as forças o cristianismo, e adorando mais ainda a deusa Ísis, construindo um templo para ela no Palácio do Mar, onde vemos coisas incríveis e descobertas chocantes na última parte do livro.
Outros personagens aparecem mais nesse segundo volume d'As Crônicas de Artur. Como Sansum, um bispo da Igreja Católica, que fica mais próximo de Lancelot, e assim espera receber mais poder. Sansum é irritante e duas-caras, chegando até a ser aliar a pagãos como Dinas e Lavaine para ter poder. E ainda cria um reboliço com os cristãos por afirmar que Cristo voltará no ano de 500 d.C., ou seja, dentro de quatro anos, criando uma confusão na paz de Artur, e mesmo assim Artur continua permitindo os cristãos no seu domínio. Dinas e Lavaine, gêmeos netos de Tanaburs (aquele que dizia ser druida que Derfel matou) querem vingança e criam um ódio mortal contra Derfel; e ficam acompanhando Lancelot para onde ele vai, mesmo Lancelot ser um cristão batizado, tudo interesse. Os gêmeos de Artur também ficam com Lancelot e estão cada vez piores. Mordred não é mais um bebê e começa a mostrar quem realmente é, um jovem insuportável e odiado por muitos, uma pessoa que não daria um bom rei, e mesmo assim Artur continua apostando todas as suas fichas que no futuro Mordred governará bem e com justiça.
Para finalizar, Tristão e Isolda aparecem no livro, e a história que o tio Bernard cria para eles é muito boa, até melhor do que o do livro O Romance de Tristão e Isolda, e as suas mortes são tensas e deixa Derfel com muita raiva de Artur, chegando a quase a amizade entre eles acabar. E a Távola Redonda aparece, mas não como a conhecemos, mas como ela aparece na metade final do livro não explicarei nada mais, leiam e saberão. Eu sei que ficou enorme essa opinião, mas queria colocar tudo de importante e acho que consegui. Se você quiser ler as resenhas incríveis da Fernanda do Na trilha dos livros, clique aqui (resenha única dos três livros), aqui, aqui e aqui.
Até mais.
Se você gostou de O Inimigo de Deus, pode gostar também de:
A Busca do Graal, de Bernard Cornwell;
O Último Reino, livro 1 das Crônicas Saxônicas, de Bernard Cornwell;
O Condenado, de Bernard Cornwell;
O Forte, de Bernard Cornwell;
As Crônicas de Gelo e Fogo, de George R.R. Martin;
A Crônica do Matador do Rei, de Patrick Rothfuss;
O coração dos heróis, de David Malouf.
Sinopse: Artur saiu vencedor da sangrenta batalha no Vale do Lugg e conseguiu seu objetivo: Unificar os Reinos da Britânia sob um juramento de fidelidade ao jovem Rei Mordred. Chegou, então, a hora de um confronto definitivo contra os saxões, para expulsá-los de uma vez das terras britânicas e alcançar uma era de paz e prosperidade.
Mas um grande conflito pode atrapalhar seus planos: a luta entre os antigos Deuses e os cristãos. Para Artur, não importa se a nova religião vencer, desde que isso não atrapalhe seus objetivos. Um homem, porém, jamais se esquecerá da antiga fé: Merlin, se ele conseguir reunir os Treze Objetos Sagrados da Britânia, espalhados quando os romanos devastaram Ynys Mon, a Ilha Abençoada, os Deuses serão restaurados e os saxões serão lançados ao mar e o cristianismo será apagado até o último vestígio.
O mais poderoso desses objetos é o Caldeirão Mágico. Para recuperá-lo, Merlin deverá partir em uma jornada que o levará a lugares perigosos e desconhecidos. Nessa viagem, contará com o auxílio de sua magia e da espada de Lorde Derfel, um dos mais poderosos guerreiros de Artur, que segue com ele rumo aos confins da Terra em busca do tesouro. O caos, porém, toma conta de toda a Britânia. E onde menos espera, Artur recebe golpes duríssimos, que põem em risco sua vida, família e todos os planos para o reino.
[...]
Aviso: A opinião que se segua abaixo pode ter alguns Spoilers do livro anterior e desse. Mas evitei colocar informações de grande importância. Você foi avisado.
Opinião: Demorei para ler esse livro (em relação ao tempo em que eu li O Rei do Inverno) e também este post está um pouco atrasado, porque eu estava louco para terminar O Escolhido (opinião em breve), mas isso é para outro dia, em outro post. Os personagens e o ambiente que Bernard cria/descreve são incríveis, que faz com que você viva naquela época. Algumas "informações" (se é que posso falar assim) estão ditas no post do primeiro livro (link acima), como por exemplo como os capítulos são começados.
Artur, o Rei que Nunca Foi, o Inimigo de Deus e Senhor das Batalhas, finalmente consegue a paz entre os reinos da Britânia, uma paz consequência da batalha do Vale do Lugg. Os reinos estão finalmente se entendendo e se unindo para guerrear com um inimigo em comum: os dois reis saxões que ocupam o extremo leste da ilha, numa região chamada Lloegyr. Após o inverno que se seguiu a batalha do Vale de Lugg, Artur reúne o exército bretão e vai em direção ao leste. Mas antes disso algumas coisas importantes acontecem.
Derfel é convocado por Merlin e Nimue (com quem tem um juramento) para ir com eles atrás do Caldeirão Mágico, um dos Treze Tesouros, pela Estrada Sombria e adentrar no reino de Lleyn, reino esse de um terrível rei irlandês que não lembro o nome, rs. Então, Merlin, Nimue, Derfel, Ceinwyn (porque só uma virgem pode encontrar o caldeirão), e mais alguns guerreiros vão atrás desse caldeirão. Merlin faz um juramento aos deuses que se ele não encontrasse o caldeirão, ele morreria, e isso começa a ocorrer no momento em que ele pisa na Estrada Sombria. Mas o pior estava por vir, o rei de Lleyn estava esperando por eles e os encurrala em Ynys Mon, onde supostamente o caldeirão está enterrado. Após acharem o caldeirão e Merlin quase morrer (mesmo eu achando que ele morreu e ressuscitou após colocarem ele dentro do caldeirão), e depois fazer uma magia para eles saírem de lá sem serem vistos e voltar à Britânia dos bretões. Assim, Merlin possui onze dos Treze Tesouros.
Um pouco antes dessa viagem, Lancelot, o irritante (o personagem mais ridículo criado até agora ,para mim, pelo tio Bernard) iria se casar com Ceinwyn, mas algo acontece e ele não se casa, mas ainda assim torna-se o Rei da Silúria, o pequeno reino a oeste de Gwent que ficou sem rei após a batalha do Vale do Lugg. Mas como Lancelot é ambicioso, ele quer mais e não se conforma de Ceinwyn abandoná-lo no dia do noivado. Então Lancelot é batizado como cristão para poder fazer parte do "clube" de Mitra sem ter o perigo de perder se houvesse uma votação. E, antecipando um pouco, quando Artur está para a guerra contra os saxões, Lancelot fica na fronteira entre o reino saxão do sul e o reino dos Bélgicos para se houver uma invasão do rei Cerdic. E sendo Lancelot, ele fica com uma ambição de ser rei daquelas terras.
Após voltar dessa incrível aventura com Merlin, Lorde Derfel Cadarn e os Cavaleiros do Caldeirão vão para a guerra ao lado de Artur contra os saxões, chegando até Londres, uma cidade construída pelos romanos e que está caindo aos pedaços.
Guinevere continua incrível na sua feminilidade, e continua também a fazer maquinações para que Artur seja rei, mesmo sabendo que nunca conseguirá isso. Ela até manda construir o incrível Palácio do Mar, perto da Terra dos Bélgicos, porque será? Ela continua odiando com todas as forças o cristianismo, e adorando mais ainda a deusa Ísis, construindo um templo para ela no Palácio do Mar, onde vemos coisas incríveis e descobertas chocantes na última parte do livro.
Outros personagens aparecem mais nesse segundo volume d'As Crônicas de Artur. Como Sansum, um bispo da Igreja Católica, que fica mais próximo de Lancelot, e assim espera receber mais poder. Sansum é irritante e duas-caras, chegando até a ser aliar a pagãos como Dinas e Lavaine para ter poder. E ainda cria um reboliço com os cristãos por afirmar que Cristo voltará no ano de 500 d.C., ou seja, dentro de quatro anos, criando uma confusão na paz de Artur, e mesmo assim Artur continua permitindo os cristãos no seu domínio. Dinas e Lavaine, gêmeos netos de Tanaburs (aquele que dizia ser druida que Derfel matou) querem vingança e criam um ódio mortal contra Derfel; e ficam acompanhando Lancelot para onde ele vai, mesmo Lancelot ser um cristão batizado, tudo interesse. Os gêmeos de Artur também ficam com Lancelot e estão cada vez piores. Mordred não é mais um bebê e começa a mostrar quem realmente é, um jovem insuportável e odiado por muitos, uma pessoa que não daria um bom rei, e mesmo assim Artur continua apostando todas as suas fichas que no futuro Mordred governará bem e com justiça.
Para finalizar, Tristão e Isolda aparecem no livro, e a história que o tio Bernard cria para eles é muito boa, até melhor do que o do livro O Romance de Tristão e Isolda, e as suas mortes são tensas e deixa Derfel com muita raiva de Artur, chegando a quase a amizade entre eles acabar. E a Távola Redonda aparece, mas não como a conhecemos, mas como ela aparece na metade final do livro não explicarei nada mais, leiam e saberão. Eu sei que ficou enorme essa opinião, mas queria colocar tudo de importante e acho que consegui. Se você quiser ler as resenhas incríveis da Fernanda do Na trilha dos livros, clique aqui (resenha única dos três livros), aqui, aqui e aqui.
Até mais.
Se você gostou de O Inimigo de Deus, pode gostar também de:
A Busca do Graal, de Bernard Cornwell;
O Último Reino, livro 1 das Crônicas Saxônicas, de Bernard Cornwell;
O Condenado, de Bernard Cornwell;
O Forte, de Bernard Cornwell;
As Crônicas de Gelo e Fogo, de George R.R. Martin;
A Crônica do Matador do Rei, de Patrick Rothfuss;
O coração dos heróis, de David Malouf.
2 de julho de 2014
Resultado da Enquete: Qual livro abaixo devo ler em breve? #5
Antes de falar qual livro foi escolhido, eu queria dizer que no começo do mês passado eu tive alguns problemas técnicos em relação às votações feitas por vocês, por isso (acho) que vocês tiveram que votar de novo, mas tudo foi arrumado e eu consegui ver que vocês votaram. E o livro escolhido, com um voto de diferença do 1356, 8 contra 7, no Você Escolhe #5 - Especial Bernard Cornwell foi O Inimigo de Deus, livro 2 d'As Crônicas de Artur ou do Senhor da Guerra. Uma leitura pesada, mas que no final compensa. Até o próximo.
3 de junho de 2014
Nova Enquete: Você Escolhe #5 - Especial Bernard Cornwell
Já perdi-me em qual votação estamos, mas vamos "começar" a contabilizar a partir dessa, que será a 5ª, porque tenho quase, quase certeza de que é nessa que estamos, rs. A votação desse mês de junho foi difícil de escolher, mas aí lembrei que entrarei de férias de meio de ano dia 13 de julho e ficarei um mês em casa, o que me dará mais tempo para ler, e por isso o tema desse mês é Bernard Cornwell (eu estava tentando lembrar o nome que dão para o estilo literário que ele usa, só que não consegui lembrar nem achar no Google, quero dizer essa "literatura de macho", onde tem muito sangue, guerra e afins, típico do tio Bernard, vocês conseguiram entender o que eu quis dizer?). Nessa votação colocarei um livro que é continuação (livro 2 d'As Crônicas de Artur) e repetirei dois do tio Bernard que já coloquei numa enquete anterior. Os livros para votação deste mês são:
1 - 1356, de Bernard Cornwell;
2 - Azincourt, de Bernard Cornwell;
3 - O Inimigo de Deus, livro 2 d'As Crônicas de Artur, de Bernard Cornwell;
4 - O Tigre de Sharpe, livro 1 d'As Aventuras de um Soldado nas Guerras Napoleônicas, de Bernard Cornwell.
A votação já começou e ficará no ar até o dia 30 de junho de 2014, às 23:59h, horário de Brasília. Não deixe de votar.
1 - 1356, de Bernard Cornwell;
2 - Azincourt, de Bernard Cornwell;
3 - O Inimigo de Deus, livro 2 d'As Crônicas de Artur, de Bernard Cornwell;
4 - O Tigre de Sharpe, livro 1 d'As Aventuras de um Soldado nas Guerras Napoleônicas, de Bernard Cornwell.
A votação já começou e ficará no ar até o dia 30 de junho de 2014, às 23:59h, horário de Brasília. Não deixe de votar.
26 de janeiro de 2014
O Condenado, de Bernard Cornwell
Sinopse: Considerado o melhor romance histórico publicado na Inglaterra em 2001, O Condenado apresenta Bernard Cornwell em sua melhor forma, com elementos de literatura policial que resultam em um thriller realista, ambientado na Londres do início do século XIX.
Charles Corday é acusado de assassinar uma condessa de quem pintava o retrato. Esquecido na temida Prisão de Newgate, restam-lhe apenas sete dias de vida antes de ser enforcado. Rider Sandman, um capitão temperamental que vive tempos difíceis depois de participar da Batalha de Waterloo, é convocado para investigar o crime. A investigação o levará a uma emocionante jornada pelos fétidos porões da prisão e pelos perfumados salões da aristocracia londrina.
Energético e durão, Sandman é hábil com a espada e exímio jogador de críquete. E em sua arriscada empreitada conta apenas com a própria inteligência e um grupo de aliados nada convencionais: Sally Hood, modelo vivo de passado comprometedor; lorde Alexander, um fervoroso reverendo e também amante do críquete; e o velho companheiro de batalha, sargento Berrigan.
Mestre em personagens marcantes, Cornwell faz desse grupo um quarteto inesquecível, que luta contra nobres ricos e cruéis, a fim de salvar a vida de um inocente.
Aviso: Tentei evitar ao máximo colocar Spoilers, mas talvez tenha um ou outro. Você foi avisado.
Opinião: Este livro não me impressionou como achei que impressionaria, espera um pouco mais, uma vez que é do Bernard Cornwell. Mas o livro como um todo é bom, mesmo não tendo cenas de lutas, como é de praxe do Bernard. O livro já começa com alguns enforcamentos na Prisão de Newgate, que afinal Bernard sabe descrever um enforcamento tão bem, que eu achei que estava realmente lá, assistindo. E a descrição da prisão, com seus fedores e presos vivendo naquelas condições é incrível. Esta cena dos enforcamentos é só o prólogo do livro, e nele, Sandman não aparece, mas quem é como se fosse um POV (ponto-de-vista) e sir Henry Forrest, ex-sogro de Sandman.
Depois desta cena incrível, Sandman já aparece jogando críquete. Bernard também descreve os jogos de críquete muito bem. Algum tempo depois do jogo, Sandman é chamado pelo secretário do Interior, primeiro visconde de Sidmouth, para investigar um assassinato, uma vez que a própria rainha da Inglaterra pediu esta investigação. E é assim que a história começa. Sandman tem apenas uma semana para investigar o tal assassinato e tirar, ou não, um inocente da forca.
Sandman é um capitão da Batalha de Waterloo, mas que é pobre, porque seu pai gastou todo o dinheiro de sua família e depois cometeu suicídio. Sandman tem um pavio curto, mas muito curto mesmo, qualquer coisa ele já explode, como na passagem: "...tinha um mau humor tão súbito e feroz quanto uma tempestade de verão com raios e trovões." p. 48. Aí já vemos como Sandman é explosivo. Mas também ele sabe ser uma pessoa adorável e muito calmo, mas só com quem ele quer, como o é com Sally Hood, sua ex-noiva, Eleanor, que quando o pai de Sandman perdeu o dinheiro, Sandman não pôde casar com ela, e com o sargento William Berrigan.
Outra personagem que encanta é Sally Hood, que é irmã de quem? Isso mesmo, Robin Hood. Bernard sempre coloca alguma coisa em seus livros que a gente já conhece, e neste livro é Robin Hood, o maior ladrão de nobres da Inglaterra do século XIX, e acho que de todos os séculos seguintes e passados. Sally é uma modelo e atriz que não possui papas na língua, fala o que quer na hora que quer. Ela acaba ajudando Sandman, porque ela também acha que Corday é inocente, e também por causa do sargento Berrigan, alguém que ela possui uma queda. O sargento Berrigan era do Clube Serafins, um clube de alto nível de Londres e que só os mais ricos podiam ser sócios. Mas Berrigan percebe que o clube está escondendo alguma coisa, principalmente depois que Sandman faz uma visita, e Berrigan tem que "honrar" as pessoas que já fizeram parte do exército. O sargento é homofóbico, porque fica chamando Corday de fada e veadinho o tempo todo depois de conhecê-lo.
Já falei demais, se eu falar mais um pouco contarei o livro todo, rs. Eu descobri que a Austrália era uma colônia Penal no início do século XIX, talvez eu já sabia, mas eu esqueci completamente. A Inglaterra era muito fo** naquela época e para quem não sabe o lema inglês no auge do império era: O Sol nunca se põe sobre o Império Britânico. Por isso eu gosto da história inglesa. Enfim, o livro é bom, mas se você quiser cenas de lutas e sangrentas do Bernard, este livro não é recomendado. Mas se você quiser um thriller do século XIX, este é um livro muito bom. Espero que eu tenha falado tudo o que queria a respeito do livro. Espero que gostem.
Com a autorização da Fernanda, do Na trilha dos livros, uma vez que a ideia é dela, eu agora vou fazer em todo post uma lista com os livros que você pode gostar se você gostou do que foi dito do livro postado. Ficou meio confuso, mas vocês devem ter entendido, rs.
Se você gostou de O Condenado, pode gostar também de:
A Busca do Graal, de Bernard Cornwell;
As Crônicas de Artur, de Bernard Cornwell;
Crônicas Saxônicas, de Bernard Cornwell;
O Forte, de Bernard Cornwell.
Charles Corday é acusado de assassinar uma condessa de quem pintava o retrato. Esquecido na temida Prisão de Newgate, restam-lhe apenas sete dias de vida antes de ser enforcado. Rider Sandman, um capitão temperamental que vive tempos difíceis depois de participar da Batalha de Waterloo, é convocado para investigar o crime. A investigação o levará a uma emocionante jornada pelos fétidos porões da prisão e pelos perfumados salões da aristocracia londrina.
Energético e durão, Sandman é hábil com a espada e exímio jogador de críquete. E em sua arriscada empreitada conta apenas com a própria inteligência e um grupo de aliados nada convencionais: Sally Hood, modelo vivo de passado comprometedor; lorde Alexander, um fervoroso reverendo e também amante do críquete; e o velho companheiro de batalha, sargento Berrigan.
Mestre em personagens marcantes, Cornwell faz desse grupo um quarteto inesquecível, que luta contra nobres ricos e cruéis, a fim de salvar a vida de um inocente.
Aviso: Tentei evitar ao máximo colocar Spoilers, mas talvez tenha um ou outro. Você foi avisado.
Opinião: Este livro não me impressionou como achei que impressionaria, espera um pouco mais, uma vez que é do Bernard Cornwell. Mas o livro como um todo é bom, mesmo não tendo cenas de lutas, como é de praxe do Bernard. O livro já começa com alguns enforcamentos na Prisão de Newgate, que afinal Bernard sabe descrever um enforcamento tão bem, que eu achei que estava realmente lá, assistindo. E a descrição da prisão, com seus fedores e presos vivendo naquelas condições é incrível. Esta cena dos enforcamentos é só o prólogo do livro, e nele, Sandman não aparece, mas quem é como se fosse um POV (ponto-de-vista) e sir Henry Forrest, ex-sogro de Sandman.
Depois desta cena incrível, Sandman já aparece jogando críquete. Bernard também descreve os jogos de críquete muito bem. Algum tempo depois do jogo, Sandman é chamado pelo secretário do Interior, primeiro visconde de Sidmouth, para investigar um assassinato, uma vez que a própria rainha da Inglaterra pediu esta investigação. E é assim que a história começa. Sandman tem apenas uma semana para investigar o tal assassinato e tirar, ou não, um inocente da forca.
Sandman é um capitão da Batalha de Waterloo, mas que é pobre, porque seu pai gastou todo o dinheiro de sua família e depois cometeu suicídio. Sandman tem um pavio curto, mas muito curto mesmo, qualquer coisa ele já explode, como na passagem: "...tinha um mau humor tão súbito e feroz quanto uma tempestade de verão com raios e trovões." p. 48. Aí já vemos como Sandman é explosivo. Mas também ele sabe ser uma pessoa adorável e muito calmo, mas só com quem ele quer, como o é com Sally Hood, sua ex-noiva, Eleanor, que quando o pai de Sandman perdeu o dinheiro, Sandman não pôde casar com ela, e com o sargento William Berrigan.
Outra personagem que encanta é Sally Hood, que é irmã de quem? Isso mesmo, Robin Hood. Bernard sempre coloca alguma coisa em seus livros que a gente já conhece, e neste livro é Robin Hood, o maior ladrão de nobres da Inglaterra do século XIX, e acho que de todos os séculos seguintes e passados. Sally é uma modelo e atriz que não possui papas na língua, fala o que quer na hora que quer. Ela acaba ajudando Sandman, porque ela também acha que Corday é inocente, e também por causa do sargento Berrigan, alguém que ela possui uma queda. O sargento Berrigan era do Clube Serafins, um clube de alto nível de Londres e que só os mais ricos podiam ser sócios. Mas Berrigan percebe que o clube está escondendo alguma coisa, principalmente depois que Sandman faz uma visita, e Berrigan tem que "honrar" as pessoas que já fizeram parte do exército. O sargento é homofóbico, porque fica chamando Corday de fada e veadinho o tempo todo depois de conhecê-lo.
Já falei demais, se eu falar mais um pouco contarei o livro todo, rs. Eu descobri que a Austrália era uma colônia Penal no início do século XIX, talvez eu já sabia, mas eu esqueci completamente. A Inglaterra era muito fo** naquela época e para quem não sabe o lema inglês no auge do império era: O Sol nunca se põe sobre o Império Britânico. Por isso eu gosto da história inglesa. Enfim, o livro é bom, mas se você quiser cenas de lutas e sangrentas do Bernard, este livro não é recomendado. Mas se você quiser um thriller do século XIX, este é um livro muito bom. Espero que eu tenha falado tudo o que queria a respeito do livro. Espero que gostem.
Com a autorização da Fernanda, do Na trilha dos livros, uma vez que a ideia é dela, eu agora vou fazer em todo post uma lista com os livros que você pode gostar se você gostou do que foi dito do livro postado. Ficou meio confuso, mas vocês devem ter entendido, rs.
Se você gostou de O Condenado, pode gostar também de:
A Busca do Graal, de Bernard Cornwell;
As Crônicas de Artur, de Bernard Cornwell;
Crônicas Saxônicas, de Bernard Cornwell;
O Forte, de Bernard Cornwell.
9 de novembro de 2013
O Herege, de Bernard Cornwell
Sinopse: Depois de participar do cerco de Calais, o arqueiro inglês Thomas de Hookton reúne um grupo de homens e viaja para o interior da França. Pretende tomar uma fortificação na Gasconha, perto da Astarac de seus antepassados, e assim chamar a atenção de seu primo Guy Vexille, o assassino de seu pai que, como Thomas, também segue a trilha do Santo Graal. Durante a jornada, deixa um rastro de aldeias saqueadas e, em uma delas, salva da fogueira uma jovem acusada de feitiçaria. Uma mulher que faz com que Thomas perca o controle sobre parte de seus guerreiros, ameaçando o sucesso da missão mais importante de sua vida: encontrar a maior relíquia de toda a Cristandade.
A opinião que se segue abaixo pode ter alguns Spoilers dos livros anteriores e desse. Mas evitei colocar informações de grande importância. Você foi avisado.
Opinião: Acabou, infelizmente. A trilogia A Busca do Graal acabou. Não queria que acabasse, a história é muito boa, e no final desse livro fica ainda melhor. Mas para compensar, Bernard lançou 1356, uma história do Thomas de Hookton, mas não faz parte da Busca do Graal. Para ler as resenhas anteriores, clique aqui e aqui.
Entre condes, lordes, cardeais, padres, soldados, arqueiros e hereges, O Herege em vez de ter o desenrolar da história, dá mais um nó na corda, mas o desfecho da história é incrível.
Thomas de Hookton está indo para Castillon d'Arbizon seguindo ordem do conde de Northampton para invadir e controlar o castelo. Thomas, junto com Sir Guillaume, Robbie e alguns arqueiros e soldados conseguem controlar o castelo. Lá, ele encontra uma mulher presa que foi condenada à fogueira, depois de sofrer torturas, pela Santa Igreja Católica por heresia. Thomas não acredita que ela seja uma herege e a solta. Robbie fica imediatamente apaixonado por ela, mas ela nem liga pra ele, mas sim para Thomas. Então Robbie fica furioso por isso e começa a considerar Genevieve uma herege que deve ser queimada.
Também temos como personagens principais nesse livro o conde de Berat, que acho que nem fala o nome dele, não consegui achar, e seu sobrinho, Joscelyn, que é insuportável, igual ao Lancelot d'As Crônicas de Artur do mesmo autor. O conde de Berat fica sabendo da busca do Graal e também começa a procurar em suas terras e em Astarac, um feudo que existiu e era subordinado a ele. Outro personagem que eu não fui com a cara dele foi o cardeal arcebispo de Livorno, que quer a qualquer custo conseguir o Graal para sentar-se no Trono de Pedro.
Não vou falar muito da história senão dou spoilers desagradáveis para quem ainda não leu. Eu tinha me esquecido um pouco da fisionomia de Thomas, e nesse último livro é falado, e vou passar para vocês que leram e esqueceram como Thomas é: alto, cabelos pretos, faces cavadas, vigilantes olhos pretos, nariz quebrado em uma briga e posto no lugar de forma errada, sem contar com as queimaduras e os dedos tortos da mão feita pelo padre Bernard de Taillebourg, um Inquisidor. Thomas está mais envolvido com a busca do Graal. Uma coisa que eu gosto em Bernard, o escritor, é que ele fala de algumas coisas reais, como na passagem: "A Igreja não queimava hereges, simplesmente condenava e depois os pecadores eram entregues ao poder civil para que fossem mortos. Dessa maneira, a Igreja mantinha as mãos limpas, Deus recebia a garantia de que sua Igreja estava pura e que o diabo ganhara uma alma."
p. 73. Bernard sempre coloca a verdade da Igreja da época, e como disse no post de O Andarilho, as pessoas acabavam acreditando na mentiras que a Igreja contava, que não eram poucas. Voltando a Thomas, uma cena que eu ri muito foi em uma conversa entre ele e Genevieve em que ele diz: "Eu sou um arqueiro, e um arqueiro danado de bom (...)". Falando em Genevieve, ela é alta, branca e linda, mas possui inúmeras queimaduras feita por um dominicano, os guerreiros de Deus que combatiam a heresia e fazia torturas para obter a verdade, e mesmo assim Thomas a acha linda. Ela é um pouco misteriosa no começo, mas depois você acaba gostando dela também. Ela é condenada à fogueira por heresia e por ser também uma beguina (beguinos são mendigos, que negam a Igreja e a necessidade de trabalhar e alegam que todas as coisas vem de Deus, e portanto, todas as coisas devem ser gratuitas para todos os homens e mulheres. E a Igreja, corrupta e gananciosa, queimava os beguinos sempre os encontravam, acusando-os de hereges).
Sir Guillaume é um personagem que muda de lado no segundo livro, e tenta conseguir dinheiro pra tomar o seu feudo de volta. Ele diz que a guarnição de inglese em Castillon d'Arbizon é a távola redonda, e assim, mais uma vez de novo novamente, o Rei Artur é citado na trilogia. Robbie acaba ficando chato com o decorrer da história, abandona Thomas à sua própria sorte só porque Thomas é apaixonado por Genevieve, e ele só faz burrice depois disso.
Como gosto da Idade Média, quero passar para vocês uma excomungação que Bernard coloca nesse livro, e que vocês devem saber de quem é: "Em nome de Deus, o Pai todo-poderoso, e em nome do Filho, e em nome do Espírito Santo, e em nome de todos os santos, e em nome do Santo Padre, Clemente, e graças ao poder que nos foi concedido de separar e unir no céu aquilo que for separado e unido na terra, eu o intimo, Thomas! Eu o intimo! (...) É sabido que você, Thomas, certa vez batizado em nome do Padre, do Filho e do Espírito Santo, deixou a sociedade do corpo de Cristo ao cometer o pecado de dar consolo e abrigo a uma herege e assassina condenada. Por isso agora, com dor no coração, nós o privamos, Thomas, (...), da comunhão do corpo e do sangue do nosso Senhor Jesus Cristo. (...) Nós o separamos da sociedade de todos os cristãos e o excluímos de todos os recintos santos. (...) Nós o banimos do seio de nossa santa madre Igreja no céu e na terra. (...) Nó declaramos você, Thomas, excomungado e o julgamos condenado ao fogo eterno de Satã e todos os seus anjos e todos os réprobos. Nós o declaramos amaldiçoado por esse fato malévolo (...). p. 196-197. Ficou maior do que eu pensei, mas vale a pena dar uma lida, eu me senti como Thomas quando a excomungação terminou, sozinho na escuridão. E antes de terminar, a Peste Negra começa a fazer suas vítimas no final do livro que dizimou quase um terço da população da época. Espero que em 1356, a Peste Negra tenha um enfoque um pouco maior.
É isso, ficou um pouco grande, mas espero que eu tenha colocado tudo de importante sem dar grandes spoilers. Se você gostou da resenha, não esqueça de comentar. Seu comentário é muito importante para mim.
A opinião que se segue abaixo pode ter alguns Spoilers dos livros anteriores e desse. Mas evitei colocar informações de grande importância. Você foi avisado.
Opinião: Acabou, infelizmente. A trilogia A Busca do Graal acabou. Não queria que acabasse, a história é muito boa, e no final desse livro fica ainda melhor. Mas para compensar, Bernard lançou 1356, uma história do Thomas de Hookton, mas não faz parte da Busca do Graal. Para ler as resenhas anteriores, clique aqui e aqui.
Entre condes, lordes, cardeais, padres, soldados, arqueiros e hereges, O Herege em vez de ter o desenrolar da história, dá mais um nó na corda, mas o desfecho da história é incrível.
Thomas de Hookton está indo para Castillon d'Arbizon seguindo ordem do conde de Northampton para invadir e controlar o castelo. Thomas, junto com Sir Guillaume, Robbie e alguns arqueiros e soldados conseguem controlar o castelo. Lá, ele encontra uma mulher presa que foi condenada à fogueira, depois de sofrer torturas, pela Santa Igreja Católica por heresia. Thomas não acredita que ela seja uma herege e a solta. Robbie fica imediatamente apaixonado por ela, mas ela nem liga pra ele, mas sim para Thomas. Então Robbie fica furioso por isso e começa a considerar Genevieve uma herege que deve ser queimada.
Também temos como personagens principais nesse livro o conde de Berat, que acho que nem fala o nome dele, não consegui achar, e seu sobrinho, Joscelyn, que é insuportável, igual ao Lancelot d'As Crônicas de Artur do mesmo autor. O conde de Berat fica sabendo da busca do Graal e também começa a procurar em suas terras e em Astarac, um feudo que existiu e era subordinado a ele. Outro personagem que eu não fui com a cara dele foi o cardeal arcebispo de Livorno, que quer a qualquer custo conseguir o Graal para sentar-se no Trono de Pedro.
Não vou falar muito da história senão dou spoilers desagradáveis para quem ainda não leu. Eu tinha me esquecido um pouco da fisionomia de Thomas, e nesse último livro é falado, e vou passar para vocês que leram e esqueceram como Thomas é: alto, cabelos pretos, faces cavadas, vigilantes olhos pretos, nariz quebrado em uma briga e posto no lugar de forma errada, sem contar com as queimaduras e os dedos tortos da mão feita pelo padre Bernard de Taillebourg, um Inquisidor. Thomas está mais envolvido com a busca do Graal. Uma coisa que eu gosto em Bernard, o escritor, é que ele fala de algumas coisas reais, como na passagem: "A Igreja não queimava hereges, simplesmente condenava e depois os pecadores eram entregues ao poder civil para que fossem mortos. Dessa maneira, a Igreja mantinha as mãos limpas, Deus recebia a garantia de que sua Igreja estava pura e que o diabo ganhara uma alma."
p. 73. Bernard sempre coloca a verdade da Igreja da época, e como disse no post de O Andarilho, as pessoas acabavam acreditando na mentiras que a Igreja contava, que não eram poucas. Voltando a Thomas, uma cena que eu ri muito foi em uma conversa entre ele e Genevieve em que ele diz: "Eu sou um arqueiro, e um arqueiro danado de bom (...)". Falando em Genevieve, ela é alta, branca e linda, mas possui inúmeras queimaduras feita por um dominicano, os guerreiros de Deus que combatiam a heresia e fazia torturas para obter a verdade, e mesmo assim Thomas a acha linda. Ela é um pouco misteriosa no começo, mas depois você acaba gostando dela também. Ela é condenada à fogueira por heresia e por ser também uma beguina (beguinos são mendigos, que negam a Igreja e a necessidade de trabalhar e alegam que todas as coisas vem de Deus, e portanto, todas as coisas devem ser gratuitas para todos os homens e mulheres. E a Igreja, corrupta e gananciosa, queimava os beguinos sempre os encontravam, acusando-os de hereges).
Sir Guillaume é um personagem que muda de lado no segundo livro, e tenta conseguir dinheiro pra tomar o seu feudo de volta. Ele diz que a guarnição de inglese em Castillon d'Arbizon é a távola redonda, e assim, mais uma vez de novo novamente, o Rei Artur é citado na trilogia. Robbie acaba ficando chato com o decorrer da história, abandona Thomas à sua própria sorte só porque Thomas é apaixonado por Genevieve, e ele só faz burrice depois disso.
Como gosto da Idade Média, quero passar para vocês uma excomungação que Bernard coloca nesse livro, e que vocês devem saber de quem é: "Em nome de Deus, o Pai todo-poderoso, e em nome do Filho, e em nome do Espírito Santo, e em nome de todos os santos, e em nome do Santo Padre, Clemente, e graças ao poder que nos foi concedido de separar e unir no céu aquilo que for separado e unido na terra, eu o intimo, Thomas! Eu o intimo! (...) É sabido que você, Thomas, certa vez batizado em nome do Padre, do Filho e do Espírito Santo, deixou a sociedade do corpo de Cristo ao cometer o pecado de dar consolo e abrigo a uma herege e assassina condenada. Por isso agora, com dor no coração, nós o privamos, Thomas, (...), da comunhão do corpo e do sangue do nosso Senhor Jesus Cristo. (...) Nós o separamos da sociedade de todos os cristãos e o excluímos de todos os recintos santos. (...) Nós o banimos do seio de nossa santa madre Igreja no céu e na terra. (...) Nó declaramos você, Thomas, excomungado e o julgamos condenado ao fogo eterno de Satã e todos os seus anjos e todos os réprobos. Nós o declaramos amaldiçoado por esse fato malévolo (...). p. 196-197. Ficou maior do que eu pensei, mas vale a pena dar uma lida, eu me senti como Thomas quando a excomungação terminou, sozinho na escuridão. E antes de terminar, a Peste Negra começa a fazer suas vítimas no final do livro que dizimou quase um terço da população da época. Espero que em 1356, a Peste Negra tenha um enfoque um pouco maior.
É isso, ficou um pouco grande, mas espero que eu tenha colocado tudo de importante sem dar grandes spoilers. Se você gostou da resenha, não esqueça de comentar. Seu comentário é muito importante para mim.
25 de outubro de 2013
O Andarilho, de Bernard Cornwell
Sinopse: O Santo Graal, a Relíquia Sagrada da Cristandade, inspirou muitas obras-primas da literatura. Tornou-se o mais mítico dos objetos, imortalizado no imaginário de todo o mundo ocidental. Sua lenda é normalmente ligada às histórias de Artur e seus cavaleiros, mas, desta vez, a imaginação de Bernard Cornwell transporta a saga de sua busca para o século XVI, em plena Guerra dos Cem Anos entre Inglaterra e França.
O Andarilho é o segundo capítulo desta aventura, iniciada com o empolgante romance O Arqueiro. Após sobreviver à Batalha de Crécy, Thomas de Hookton, o valente arqueiro inglês, é enviado pelo Rei numa missão na qual teria de descobrir mais sobre o legado de seu pai, que parece ligado ao Graal. Mas Thomas acaba envolvido na luta contra um exército invasor e, nas fileiras inimigas, descobre que há outros na trilha do objeto sagrado. Homens que não se deterão diante de obstáculo algum. Thomas, então, volta à sua aldeia natal em busca de um indício que possa colocá-lo no caminho certo. E encontra pistas que o deixam sob risco ainda maior e que apontam novas direções para sua missão.
Entre arqueiros, mercenários, reis, monges, guerreiros, cardeais, inquisidores, nobres e lindas mulheres, Thomas atravessa a Europa e leva os leitores deste romance em uma viagem inesquecível pelo século XVI. Cornwell confirma com O Andarilho a reputação conquistada com sua releitura das aventuras de Artur e seus cavaleiros. Um livro apaixonante sobre um dos períodos mais conturbados da história inglesa.
A opinião que se segue abaixo pode ter alguns Spoilers do livro anterior e desse. Mas evitei colocar informações de grande importância. Você foi avisado.
Opinião: O Andarilho é o segundo volume da trilogia "A Busca do Graal", como já disse na sinopse. Para ler a resenha de O Arqueiro clique aqui. Não sei muito bem por onde começar, esse livro tem novos personagens, que são bem interessantes, como o padre Bernard de Taillebourg, e seu criado; Sir William Douglas, Robbie etc. Mas também temos os velhos, Sir William Skeat, Mordecai, Jeanette etc. Mas vamos começar com Thomas, o arqueiro mais querido da literatura, né Fernanda?
Thomas de Hookton está, já no começo do livro, em Durham, norte da Inglaterra, perto da fronteira com a Escócia, e uma batalha está em andamento. Thomas, sendo inglês, não pode deixar de lutar em nome de Sua Majestade, o Rei Eduardo III da Inglaterra. Após a batalha ter terminado, e a Inglaterra ganhar por pouco, Thomas descobre que Eleanor, sua futura esposa, e o padre Hobbe, seu amigo, estão mortos. Eu não queria colocar isso aqui, mas se não colocasse vocês poderiam se perguntar o que aconteceu com os dois. Enfim, não acreditei quando li isso, não mesmo, não esperava isso. Se fosse o tio Martin quem tivesse escrito o livro eu ficaria esperando isso.
Depois dessa pequena escaramuça, Thomas, junto com Robbie, um prisioneiro escocês, retorna à sua aldeia, Hookton (onde seu primo fez um ataque à quatro anos e meio, segundo Thomas), para tentar descobrir o que seu pai fez com o Graal. Mas enquanto ele está indo para Hookton, outras pessoas o estão seguindo, mas para o lugar errado. É ali em Hookton, em em Durham, que Thomas sabe mais um pouco sobre seu pai, o padre Ralph Vexille. E após um tempo, ele e Robbie seguem para a França. Thomas está mais religioso nesse livro. Mas sempre suspeita se o Graal realmente existe.
Robbie é um bobo, se apaixona por tudo "que tenha peitos", segundo Thomas. Robbie acaba fazendo uma amizade com Thomas, mesmo ele sendo um escocês e Thomas um inglês. Ri um pouco com Robbie, ele é um personagem que eu espero ver de novo em O Herege.
Alguns personagens tem alguns "lapsos (não achei palavra melhor) de capítulos", como o Cardeal Arcebispo de Livorno, que trama, junto com de Taillebourg, em como conseguir o Graal, e também ele sonha que conseguir o Graal é apenas uma etapa para ele sentar no Trono de Pedro, que está em Avignon, e o cardeal arcebispo pensa em levá-lo para Île de la Cité, em Paris, e transformar a Catedral de Notre Dame na nova Basílica de São Pedro, mas isso não é tão importante assim na história. Outros personagens tem "capítulos" assim, mas agora não lembro, desculpem.
Bernard de Taillebourg é um padre francês que está atrás do Graal também, com ordens do Santo Padre. Ele aparece no começo do livro em Durham, junto com seu criado, que não vou falar quem é porque é uma pessoa importante na história. De Taillebourg é um Inquisidor da Igreja Católica, e tem uma parte em que ele faz seu trabalho no livro. Essa foi uma parte interessante de se ler, porque quando ele fala da Inquisição e de Deus, na época você acabava acreditando no que ele falava. Como na passagem a seguir: "A Igreja nos dá autoridade para interrogá-lo (...), mas na sua infinita misericórdia ela também nos ordena que não derramemos sangue. Podemos usar a dor, na verdade é nosso dever empregar a dor, mas tem de ser dor sem derramamento de sangue. Isso significa que podemos usar o fogo (...) e podemos apertá-lo e podemos esticá-lo, e Deus irá nos perdoar, porque isso será feito em Seu nome e a Seu santíssimo serviço." p.347-348. Não só isso, tem mais coisas, mas isso na época acabava convencendo as pessoas de que a Inquisição era uma coisa boa.
Eu não quero falar muito senão acabo dando spoilers sem querer. Para terminar quero fazer alguns comentários. Artur é citado de novo nesse livro. É descrito o arco de Thomas, e ele é muito legal, quero um. Os Cavaleiros do Apocalipse também são citados, e a descrição é bem feita por Thomas. Alguém, que não lembro quem foi, acho que foi Sir Guillaume, fala que Calais é o c* da França, por ficar em uma região pantanosa. A descrição e o funcionamento de um trabuco é muito bem feita por Cornwell. As arqueiros correndo do escoceses no começo do livro nos faz parecer que estamos que estamos realmente em Durham.
Bem, é isso. Mais uma vez gostei de um livro do Bernard, e como não gostar? (A exceção, para mim, foi O Forte, não que eu não tenha gostado, mas ele é um pouco confuso de se ler). Thomas e os personagens secundários são muito bem construídos e a escrita é tão boa, que parece que você está lá, batalhando junto com o arqueiros da Inglaterra. O Andarilho é um livro muito bom, e poucos autores conseguem fazer o que Bernard faz. Uma trilogia que recomendo.
O Andarilho é o segundo capítulo desta aventura, iniciada com o empolgante romance O Arqueiro. Após sobreviver à Batalha de Crécy, Thomas de Hookton, o valente arqueiro inglês, é enviado pelo Rei numa missão na qual teria de descobrir mais sobre o legado de seu pai, que parece ligado ao Graal. Mas Thomas acaba envolvido na luta contra um exército invasor e, nas fileiras inimigas, descobre que há outros na trilha do objeto sagrado. Homens que não se deterão diante de obstáculo algum. Thomas, então, volta à sua aldeia natal em busca de um indício que possa colocá-lo no caminho certo. E encontra pistas que o deixam sob risco ainda maior e que apontam novas direções para sua missão.
Entre arqueiros, mercenários, reis, monges, guerreiros, cardeais, inquisidores, nobres e lindas mulheres, Thomas atravessa a Europa e leva os leitores deste romance em uma viagem inesquecível pelo século XVI. Cornwell confirma com O Andarilho a reputação conquistada com sua releitura das aventuras de Artur e seus cavaleiros. Um livro apaixonante sobre um dos períodos mais conturbados da história inglesa.
A opinião que se segue abaixo pode ter alguns Spoilers do livro anterior e desse. Mas evitei colocar informações de grande importância. Você foi avisado.
Opinião: O Andarilho é o segundo volume da trilogia "A Busca do Graal", como já disse na sinopse. Para ler a resenha de O Arqueiro clique aqui. Não sei muito bem por onde começar, esse livro tem novos personagens, que são bem interessantes, como o padre Bernard de Taillebourg, e seu criado; Sir William Douglas, Robbie etc. Mas também temos os velhos, Sir William Skeat, Mordecai, Jeanette etc. Mas vamos começar com Thomas, o arqueiro mais querido da literatura, né Fernanda?
Thomas de Hookton está, já no começo do livro, em Durham, norte da Inglaterra, perto da fronteira com a Escócia, e uma batalha está em andamento. Thomas, sendo inglês, não pode deixar de lutar em nome de Sua Majestade, o Rei Eduardo III da Inglaterra. Após a batalha ter terminado, e a Inglaterra ganhar por pouco, Thomas descobre que Eleanor, sua futura esposa, e o padre Hobbe, seu amigo, estão mortos. Eu não queria colocar isso aqui, mas se não colocasse vocês poderiam se perguntar o que aconteceu com os dois. Enfim, não acreditei quando li isso, não mesmo, não esperava isso. Se fosse o tio Martin quem tivesse escrito o livro eu ficaria esperando isso.
Depois dessa pequena escaramuça, Thomas, junto com Robbie, um prisioneiro escocês, retorna à sua aldeia, Hookton (onde seu primo fez um ataque à quatro anos e meio, segundo Thomas), para tentar descobrir o que seu pai fez com o Graal. Mas enquanto ele está indo para Hookton, outras pessoas o estão seguindo, mas para o lugar errado. É ali em Hookton, em em Durham, que Thomas sabe mais um pouco sobre seu pai, o padre Ralph Vexille. E após um tempo, ele e Robbie seguem para a França. Thomas está mais religioso nesse livro. Mas sempre suspeita se o Graal realmente existe.
Robbie é um bobo, se apaixona por tudo "que tenha peitos", segundo Thomas. Robbie acaba fazendo uma amizade com Thomas, mesmo ele sendo um escocês e Thomas um inglês. Ri um pouco com Robbie, ele é um personagem que eu espero ver de novo em O Herege.
Alguns personagens tem alguns "lapsos (não achei palavra melhor) de capítulos", como o Cardeal Arcebispo de Livorno, que trama, junto com de Taillebourg, em como conseguir o Graal, e também ele sonha que conseguir o Graal é apenas uma etapa para ele sentar no Trono de Pedro, que está em Avignon, e o cardeal arcebispo pensa em levá-lo para Île de la Cité, em Paris, e transformar a Catedral de Notre Dame na nova Basílica de São Pedro, mas isso não é tão importante assim na história. Outros personagens tem "capítulos" assim, mas agora não lembro, desculpem.
Bernard de Taillebourg é um padre francês que está atrás do Graal também, com ordens do Santo Padre. Ele aparece no começo do livro em Durham, junto com seu criado, que não vou falar quem é porque é uma pessoa importante na história. De Taillebourg é um Inquisidor da Igreja Católica, e tem uma parte em que ele faz seu trabalho no livro. Essa foi uma parte interessante de se ler, porque quando ele fala da Inquisição e de Deus, na época você acabava acreditando no que ele falava. Como na passagem a seguir: "A Igreja nos dá autoridade para interrogá-lo (...), mas na sua infinita misericórdia ela também nos ordena que não derramemos sangue. Podemos usar a dor, na verdade é nosso dever empregar a dor, mas tem de ser dor sem derramamento de sangue. Isso significa que podemos usar o fogo (...) e podemos apertá-lo e podemos esticá-lo, e Deus irá nos perdoar, porque isso será feito em Seu nome e a Seu santíssimo serviço." p.347-348. Não só isso, tem mais coisas, mas isso na época acabava convencendo as pessoas de que a Inquisição era uma coisa boa.
Eu não quero falar muito senão acabo dando spoilers sem querer. Para terminar quero fazer alguns comentários. Artur é citado de novo nesse livro. É descrito o arco de Thomas, e ele é muito legal, quero um. Os Cavaleiros do Apocalipse também são citados, e a descrição é bem feita por Thomas. Alguém, que não lembro quem foi, acho que foi Sir Guillaume, fala que Calais é o c* da França, por ficar em uma região pantanosa. A descrição e o funcionamento de um trabuco é muito bem feita por Cornwell. As arqueiros correndo do escoceses no começo do livro nos faz parecer que estamos que estamos realmente em Durham.
Bem, é isso. Mais uma vez gostei de um livro do Bernard, e como não gostar? (A exceção, para mim, foi O Forte, não que eu não tenha gostado, mas ele é um pouco confuso de se ler). Thomas e os personagens secundários são muito bem construídos e a escrita é tão boa, que parece que você está lá, batalhando junto com o arqueiros da Inglaterra. O Andarilho é um livro muito bom, e poucos autores conseguem fazer o que Bernard faz. Uma trilogia que recomendo.
4 de setembro de 2013
O Rei do Inverno, de Bernard Cornwell
Sinopse: Artur, ao longo de séculos, transformou-se no maior de todos os heróis da literatura e num dos personagens míticos mais presentes em nosso imaginário. Mas, depois de muitas versões de suas aventuras, sua verdadeira história perdeu-se na brumas do tempo. Quem foi na verdade o homem Artur? Onde foi seu reino? Existiram mesmo os Cavaleiros da Távola Redonda? Em que época ele viveu? Que inimigos combateu? Para que Deus enviou suas preces? Que mulheres realmente amou?
[...]
Artur, na verdade, nunca foi Rei. Era, sim, o filho bastardo do Rei Uther, que se transformou no principal líder militar britânico no século V. Após a saída dos romanos da ilha, a Britânia viveu um período conturbado, durante o qual seus habitantes lutavam pela posse da terra de seus ancestrais contra os invasores saxões. Uma época, também, em que os velhos deuses tribais dos druidas resistiam ao domínio dos cristãos e procuravam recuperar o prestígio e o poder perdidos durantes a ocupação romana.
Numa terra dividida entre diferentes senhores feudais e seus respectivos interesses e ameaçada pela invasão dos bárbaros, Artur emerge como um guerreiro corajoso e poderoso capaz de inspirar lealdade e unir o país. Uma personalidade complexa, impelida por honra, dever e paixão, que nos é apresentada de maneira jamais vista antes.
[...]
Aviso: Tentei evitar ao máximo colocar Spoilers, mas talvez tenha um ou outro. Você foi avisado.
Opinião: Primeiramente venho pedir desculpas pelo atraso do post. Esse post vai ficar um pouco grande, tem muita coisa para falar, então vamos começar. Confesso que esse não é o melhor livro do Bernard para mim, prefiro O Arqueiro (ainda tenho que ler a continuação, vergonha eu ainda não ter comprado, rs)., mas os personagens que compõem esse livro são excelentes, Bernard sabe o que faz. O livro é contado por Derfel, que torna futuro escudeiro de Artur e depois cavaleiro, e no começo ele (Derfel) conta como foi sua infância, mas é aí que conhecemos como era a política da época, as guerras, os acordos de paz e as disputas. O livro é dividido em cinco partes, e toda vez que começa um parte, Derfel conversa com Igraine, a atual rainha da Dumnonia (o que parece ser em uma citação do livro que Dumnonia é a mesma coisa de Camelot), no presente dele (essas partes parecem os Prelúdios d'A Crônica do Matador do Rei), ou seja, Derfel já está velho e escreve para a rainha as histórias de Artur, o Rei que Nunca Foi, o Inimigo de Deus e Senhor das Batalhas, como Derfel o chama no começo do livro.
Sempre achei que Artur era um homem "certinho" da história, mas o que Derfel conta não é bem assim, percebemos o quanto os seres humanos, inclusive Artur, são falhos e errôneos as vezes. Artur possui dois filhos bastardos, Amhar e Loholt, com uma escrava Ailleann (escrava na época, por volta de 480 d.C. era comum, escravos feito em guerras e não distinguidos pela cor), que fala que Artur é ambicioso, o que achei que ele é um pouco sim. Artur parece que gosta de aparecer, segundo Derfel, gosta de ficar se exibindo, mas acho que nem tanto assim; e ele é muito vaidoso, como também coloca Derfel, e isso concordo com ele. Quando Artur luta, ele torna-se um inimigo terrível, e as cenas que Bernard descreve são impressionantes, eu, pelo menos, senti a fúria e o ódio de Artur nas batalhas.
Deixemos de lado um pouco Artur para falar dos outros personagens tão ricamente criados por Bernard. Guinevere, a bela e magnífica Guinevere. Artur se apaixona por ela e ela por ele desde o momento em que se viram pela primeira vez. Artur é loucamente apaixonado por Guinevere, tanto que comete erros por causa dela; e também faz um pouco a cabeça de Derfel. Guinevere possui um ódio mortal contra o cristianismo. Não gostei muito de Guinevere, parece que ela tem algo escondido sob as mangas, mas só vou descobrir quando ler os próximos livros.
Lancelot, pediu para ser insuportável na sala do eco, era para piscar um olho e ele entrou em coma. Pensei que ele seria parecido com Artur, mas me enganei profundamente. Lancelot é tão impressionante na sua masculinidade como Guinevere na sua feminilidade, como diz Derfel, mas eu não consegui ver nada disso nele. Lancelot é uma farsa, ele não luta nenhuma batalha e finge que lutou só para ter status. Não posso esquecer do meio-irmão de Lancelot, Galahad, que torna-se grande amigo de Derfel, e que segundo Derfel, é um homem fácil de se gostar. Prefiro mil vezes mais Galahad do que Lancelot.
Merlin, o melhor personagem do livro, junto com Derfel e Artur. Merlin é um homem alto e ossudo, sempre de preto e parece um pouco com Artur, no que diz respeito ao controle das pessoas, só a sua presença intimida os outros. Pena que ele aparece poucas vezes. Não posso esquecer-me de Morgana, irmã de Artur, achei que ela era do "mal", mas até agora ela é boazinha. E Nimue, a amante de Merlin, uma feiticeira com grande potencial. Também temos Owain, um ótimo "professor" de guerreiros, mas que é corrupto, uma vez que ele recebe suborno daqueles que querem pagar impostos baixos.
As batalhas são muito bem descritas e que nos faz sentir vivenciar o momento. Parece que Tristan (Tristão) e o rei Mark aparecem no livro, e onde eles governam também condiz com a história de Tristão e Isolda, e Tristan é gentil igual diz a sua própria lenda.
Algumas observações a respeito: A capital da Armórica (França), Ynes Trebes, parece ser o Monte de Saint Simon. A Ilha dos Mortos parece com Elantris depois de sua queda, as pessoas atacam quem chega e as construções estão caindo. Há menção à pedofilia cometida por Sansum (um bispo de uma igreja onde Derfel escreve sua história para a rainha Igraine), que é considerado um santo em terra.
Pesei que iria ficar maior, rs. Tentei colocar tudo o que li no livro, mas sem dar spoilers grandes, e acho que consegui. Decepcionei-me um pouco com o livro por não ter a Távola Redonda, mas na Nota do Autor, Bernard explica porque ele não colocou a mesma no livro. Então é isso, espero que tenham gostado, agora só preciso comprar os dois últimos livros para terminar a leitura dessa grande "lenda". Se você quiser, leia as resenhas da Fernanda, do Na trilha dos livros, sobre As Crônicas de Artur, que são ótimas, clicando aqui, aqui e aqui.
Até mais.
11 de abril de 2013
O Arqueiro, de Bernard Cornwell
Sinopse: Aos 18 anos apenas, Thomas vê seu pai morrer em seus braços após um ataque-surpresa à aldeia de Hookton. Um lugar simples que escondia um grande segredo: a lança usada por São Jorge para matar o dragão, uma das maiores relíquias da cristandade.
Em busca de vingança contra um homem conhecido apenas como Arlequim, o rapaz, um arqueiro habilidoso, se junta ao exército inglês em campanha na França, onde se envolve em batalhas e aventuras que, sem perceber, lançam-no na busca do lendário Santo Graal.
Aviso: Tentei evitar ao máximo colocar Spoilers, mas talvez tenha um ou outro. Você foi avisado.
Opinião: Esse é o primeiro volume da trilogia A Busca do Graal, e que estava há um bom tempo parado na minha estante. Quando terminei de ler O Temor do Sábio, não sabia que livro começar, estava de "ressaca literária". Mas durou pouco tempo (quando li A Dança dos Dragões fiquei uma semana sem ler). Bem, vamos ao que interessa.
Thomas mora em uma pequena aldeia, Hookton, nas margens do Canal da Mancha. Seu pai sempre quis que ele se tornasse um padre, e proibia Thomas de ter um arco. Em uma noite de Páscoa, que julgava ser tranquila, um grupo de homens franceses invadem a pequena aldeia para roubar a lança de São Jorge, que fica pendurada na pequena igreja da aldeia. O homem que diz ser o Arlequim mata o pai de Thomas antes de levar a lança. Thomas recebe uma missão de seu pai moribundo de recuperar a lança e vingar-se. Isso é uma parte do prólogo (não coloquei alguns detalhes para vocês lerem).
Alguns anos depois, Thomas encontra-se na Bretanha, França, combatendo na Guerra dos Cem Anos, a maior guerra que a Europa já tinha visto. Ele não está nem aí para a lança, só quer lutar para seu país e encontrar o Arlequim. Mas um padre (acho que é Hobbe) fica lembrando-o da sua "promessa" para com seu pai. É também na Bretanha que Thomas faz um inimigo, Sir Simon Jekyll, por causa de uma mulher, Jeanette, a condessa de Armórica.
Depois que Thomas deixa a Bretanha, por motivos que não falarei aqui, ele vai, acompanhado, até a Normandia, mais especificamente para Caen. Depois de algumas lutas, Thomas vê-se em uma missão que mudará para sempre sua vida: recuperar a lança de São Jorge, vingar a morte de seu pai e ir em busca do lendário Santo Graal. Estava esquecendo, Thomas faz alguns amigos que batalham ao seu lado e o ajudam quando precisa. Também começa a encontrar "pistas" sobre o Arlequim e o roubo da lança.
Outra mulher na vida de Thomas é Eleanor, filha de um dos homens que invadiu Hookton. Ela é bem novo (15 anos), mas na Idade Média 15 anos já era uma mulher feita e tinha que se casar.
Uma coisa que gostei muito foi colocar os padres e bispos como guerreiros durante a guerra (padre Hobbe é um deles). Na Idade Média, a Igreja não servia apenas como religião, mas como força militar, em parte. Outra coisa também é ter um "fundo" religioso, sempre falando da Bíblia ou de algum santo. Já está bom, leiam para saber mais.
"Cornwell demostra ser imbatível nas descrições de batalhas e dos homens que as lutam" - The Mirror. Acho Martin melhor (quem leu A Fúria dos Reis sabe do que estou falando), mas sou não posso falar disso, porque sou um fã (e tanto, rs) de Martin. Estou doido para ler O Andarilho, mas ainda tenho que comprar, enquanto isso, leio Elantris, que por sinal estou gostando muito, na resenha do mesmo comento mais. Até mais.
6 de novembro de 2012
O Último Reino, de Bernard Cornwell
Sinopse: "Sou Uhtred, filho de Uhtred, e esta é a história de uma rixa de sangue. É a história de como tomarei de meu inimigo o que a lei diz que é meu. E é a história de uma mulher e de seu pai, um rei. Ele era meu rei, e tudo o que tenho devo a ele. A comida que como, o castelo onde vivo e as espadas de meus homens, tudo veio de Alfredo, meu rei, que odiava."
Opinião: Achei que o livro não fosse tão bom quanto realmente é. Uhtred fica órfão aos 10 anos de idade, e vê o reino em que vivia cair nas mãos dos dinamarqueses, e que acaba tornando-se "prisioneiro". Durante toda sua infância fica em dúvida quanto à sua lealdade. Ragnar, um líder dos dinamarqueses trata Uhtred como se fosse seu próprio filho, mas esse mesmo Ragnar matou seu irmão e pai, e tomou o reino da Nortúmbria. Uhtred tem uma infância bem "divertida" no ver dele mesmo, com treinamentos com armar e ajudar nos navios dinamarqueses, e deixar de fazer uma coisa que odiava: aprender a ler e a escrever. Durante todo livro há reviravoltas impressionantes.
O livro é dividido em três partes: Uma Infância Pagã, O Último Reino e A Parede de Escudos, e um prólogo: Nortúmbria, 866-867 d.C.. O livro é em primeira pessoa, e foi um dos poucos que já li em primeira pessoa e que gostei (PS.: O Nome do Vento entra nessa lista). Se eu falar muito vou contar coisas que seria melhor guardá-las para que você leia e se surpreenda, assim como eu. Se você quiser uma resenha melhor do que a minha, entre nessa página do blog Apaixonada por Papel, lá tem sobre esse e os outros livros seguintes.
"O destino é tudo."
28 de outubro de 2012
O Forte, de Bernard Cornwell
Sinopse: Durante a Guerra da Independência dos Estados Unidos, em 1779, o exército inglês realiza uma manobra ousada e retoma um pequeno vilarejo em Massachusetts, na península de Penobscot. O exército liderado por Francis McLean dá início à construção de um forte no local para proteger suas limitadas defesas e seu reduzido número de soldados. Os Estados Unidos, porém, montam em resposta uma gigantesca expedição militar, tendo como seu principal trunfo uma grande frota comandada pelo capitão Saltonstall, e parte para o ataque. É o general Peleg Wadsworth, no entanto, quem assume a responsabilidade das principais decisões da missão, e quando os dois exércitos enfim dão início ao confronto, seus dobramentos entrarão para as páginas da história militar dos dois países.
Opinião: Comprei o livro por ser do Bernard (que estou gostando cada dia mais dos seus livros) e por ser sobre a Guerra da Independência dos Estados Unidos, uma parte da história que eu gosto muito. Mas decepcionei-me um pouco com o final do livro, não era o que eu esperava, mas o livro foi bom como um todo.
McLean tenta fazer o seu melhor para erguer e proteger o forte George. O tempo todo fica com o medo dos rebeldes (assim chamados os americanos pelos ingleses) e como será seu futuro. Cria estratégias para conter os rebeldes, e com isso possui a ajuda do capitão Henry Mowat, da Marinha Real, uma frota de três navios que ficam ancorados na entrada do porto de Majabigwaduce (imagem abaixo).
A imagem não é uma das melhores. Os três triângulos de cabeça para baixo são as três posições que os navios ingleses ancoram ao longo do livro. Existem outros ingleses ao longo do livro, mas ele é o mais importante.
Passando para o lado americano, temos o capitão Saltonstall, que comanda a frota americana. Ele é capitão do Warren, o maior navio da frota. Ele não quer atacar a frota inglesa sozinho, mas sim atacar junto com o general de brigada Solomon Lovell, que por sua vez atacará o forte inglês.
O livro é muito bem escrito, mas não gosto muito do jeito que o Bernard escreve, vários personagens possuem "voz" no livro o que torna a história "universal". Desculpem se eu não escrevi mais, mas eu não gosto de posts grandes, quando tem história real no meio.
Até mais...
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