1 de abril de 2012

Queda de Gigantes, de Ken Follett

Cinco famílias, cinco países e cinco destinos marcados por um período dramático da história. Queda de Gigantes, o primeiro volume da trilogia "O Século", do consagrado Ken Follett, começa no despertar do século XX, quando ventos de mudança ameaçam o frágil equilíbrio de forças existente - as potências da Europa estão prestes a entrar em guerra, os trabalhadores não aguentam mais ser explorados pela aristocracia e as mulheres clamam por seus direitos.
De maneira brilhante, Follett constrói sua trama entrelaçando as vidas de personagens fictícios e reais, como o rei Jorge V, o Kaiser Guilherme, o presidente Woodrow Wilson, o parlamentar Winston Churchill e os revolucionários Lênin e Trótski. O resultado é uma envolvente lição de história, contada da perspectiva das pessoas comuns, que lutaram nas trincheiras da Primeira Guerra Mundial, ajudaram a fazer a Revolução Russa e tornaram real o sonho do sufrágio feminino.
Ao descrever a saga de famílias de diferentes origens - uma inglesa, uma galesa, uma russa, uma americana e uma alemã -, o autor apresenta os fatos sob os mais diversos pontos de vista. Na Grã-Bretanha, o destino dos Williams, uma família de mineradores de Gales do Sul, acaba irremediavelmente ligado por amor e ódio ao dos aristocráticos Fitzherberts, proprietários da mina de carvão onde Billy Williams vai trabalhar aos 13 anos e donos da bela mansão em que sua irmã, Ethel, é governanta.
Na Rússia, dois irmãos órfãos, Grigori e Lev Peshkov, seguem rumos opostos em busca de um futuro melhor. Um deles vai atrás do sonho americano e o outro se junta à revolução bolchevique. A guerra interfere na vida de todos. O alemão Walter von Ulrich tem que se separar de seu amor. lady Maud, e ainda lutar contra o irmão dela, o conde Fitz. Nem mesmo o americano Gus Dewar, o assessor do presidente Wilson que sempre trabalhou pela paz, escapa dos horrores da frente de batalha.
Enquanto a ação se desloca entre Londres, São Petersburgo, Washington, Paris e Berlim, Queda de Gigantes retrata um mundo em rápida transformação, que nunca mais será o mesmo. O século XX está apenas começando.

Opinião: Queda de Gigantes é um livro bem grande, com 910 páginas, e muito bom de se ler. Você não vê a hora passar quando o está lendo. Orgulho-me de dizer que esse foi o livro que li mais rápido até hoje, são exatamente 47 dias lendo (ou melhor dizendo, DEVORANDO). Eu não tenho muita coisa pra dizer porque está tudo na sinopse acima, e se eu disser mais alguma coisa estarei contando o livro.
Para quem gosta de história, assim como eu, deve ter esse livro e os demais que virão, porque conta detalhadamente sobre a Primeira Guerra e a Revolução Russa, e que aquilo que aprendemos no colégio não está completo e esse livro sim. A minha única crítica ruim foi que a Itália não faz parte dessa história, uma pena, porque ela também participou da Primeira Guerra Mundial.
A construção dos capítulos também e bem diferente dos demais livros, ele (os capítulos) são divididos por meses e/ou datas entre as décadas de 1910 e 1920. Também é dividido em em três partes (o livro) antes, durantes e depois da Guerra. Enfim, um bom livro.

PS.: Nos outros livros da trilogia "O Século", novas gerações das mesmas famílias testemunham outros grandes episódios da história. O segundo volume, com lançamento previsto para Agosto de 2012, tem como pano de fundo a Grande Depressão de 1929 e a Segunda Guerra Mundial. No terceiro, a ser publicado em 2014, a trama se passa durante a Guerra Fria.

2 comentários:

  1. Oi Vitor!

    Realmente muito bom esse livro. E bom saber que o segundo sai esse ano! Eu aprendi muito mais sobre História com ele que na escola.

    Beijos!

    Fernanda

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  2. Bem, eu sou suspeita pra falar desse que passou a integrar a lista dos melhores livros que eu já li, e exatamente por esta questão de nos apresentar a história da I Gerra de forma mais completa e sob o ponto de vista das pessoas que viveram o conflito.

    Livro perfeito em todos os sentidos, personagens, narrativa, história... tudo de bom... porém, concordo que seria interessante ter uma familia italiana na história também... só faria completar ainda mais um livro que já é ótimo!!!

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