2 de junho de 2014

Informação ao crucificado, de Carlos Heitor Cony

 Sinopse: Informação ao crucificado é um marco na obra de Carlos Heitor Cony. Como forte base autobiográfica, em que autor e narrador se fundem na figura de um jovem em dúvida sobre a religião que decidiu abraçar, o romance chegou a ser considerado em divisor de águas na época de sua publicação, em 1961.
 João Falcão é um jovem que resolveu ingressar em um seminário pela "beleza do sacerdócio". Está prestes a se ordenar, mas as dúvidas parecem aflorar em um ambiente que lhe é cada dia mais hostil. Seu crescente pendor à literatura, a disputa com outros rapazes e as intrigas dos superiores levam-no, por fim, a ver abaladas suas mais profundas convicções. Escrito em forma de diário, este é um texto contundente, em que Cony aborda com maestria os temas da fé e do desencanto.

 Aviso: Tentei evitar ao máximo colocar Spoilers, mas talvez tenha ou ou outro. Você foi avisado.

Opinião: Um livro que deve ser lido com um olhar crítico sobre o tema em questão: o seminário. Para quem não sabe, o seminário é uma instituição das Igrejas Católicas e Protestantes dedicada à formação de seus candidatos aos mistérios sagrados. Eu li esse livro de 117 páginas numa tarde de domingo, junto com Mr. Punch (resenha em breve). O livro me fez pensar sobre muitas coisas a respeito de como os seminaristas veem Deus e como agem lá (não estou julgando ninguém, mas foi bom para mim ler esse livro).
 João Falcão é um jovem de 18 anos que está no seminário desde os 11, e não sabe muito sobre a vida fora das paredes de lá. Ele é um seminarista por vontade da mãe, mas ele não foi contra sua vontade. Com o tempo, João começou a achar belo ser padre, como diz em uma conversa com o Senhor Arcebispo, que dá uma bela de uma bronca nele afirmando que o que é belo é espalhar o amor de Deus no mundo e salvar almas. E é aí que começa o desencanto dele, mas isso é quase no meio do livro, voltemos mais para o começo.
 O começo do livro-diário é João explicando porque ele está escrevendo o diário, que não lembro muito bem, acho que um professor pediu para que fizesse isso. Ele conta suas aulas, as rezas, a rotina pacata de um seminarista, e os livro que ele lê ilegalmente. João tem intrigas com um grande amigo que o deixa um pouco "perturbado" em relação ao poder dentro do Igreja Católica, mas ambos sabem que são grandes amigos por dentro.
 Não vou falar muito porque não tem muito o que falar desse livro pequeno, se falar mais conto-o todo, rs. Mas se você gosta desse assunto vale a pena ler, faz sua mente abrir um pouco mais. Recomendo e até o próximo.

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