18 de janeiro de 2014

Coisas Frágeis I, de Neil Gaiman

 Sinopse: Os nove contos de Coisas Frágeis trazem Gaiman abordando os mais diversos temas, misturando puberdade, punk rock e ficção científica em "Como conversar com Garotas em Festas"; combinando o Sherlock Holmes de sir Arthur Conan Doyle com o terror de H.P. Lovecraft em "Um Estudo em Esmeralda"; extrapolando o mundo de Matrix em "Golias", inspirado no roteiro original do primeiro filme; ou mesmo presenteando a filha mais velha com um conto fantástico sobre um clube de epicuristas em "O Pássaro-do-Sol". Coisas Frágeis é um tratado prático de como escrever boas histórias - histórias que, como diz a introdução do livro, "duram mais que todas as pessoas que as contaram, e algumas duram muito mais que as próprias terras onde elas foram criadas".

Aviso: Tentei evitar ao máximo colocar Spoilers, mas talvez tenha um ou outro. Você foi avisado.

 Opinião: "Acho que prefiro me lembrar de uma vida desperdiçada com coisas frágeis, do que uma vida gasta evitando a dívida moral. (...) E me perguntei a que me referia com 'coisas frágeis'. Parecia um belo título para um livro de contos. Afinal, existem tantas coisas frágeis. Pessoas se despedaçam tão facilmente, sonho e corações também." E é assim que Neil Gaiman nos apresenta seu livro de contos. Contos esses que são muito bons, sem exceção. Coisas Frágeis foi o primeiro livro do Neil Gaiman que eu li, e espero ler muitos outros. Como são contos, dá para serem lidos em um dia, mas eu lia um por dia antes de dormir, para não misturar as histórias e também para poder ficar refletindo cada conto, e o que Gaiman queria passar para nós. Não vou ficar falando de cada conto aqui, e assim, este post será diferente dos outros. O melhor a ser feito é falar do geral.
 Os contos, na primeira vista parecem ser diferentes do que realmente são. Eu achei quando comecei a ler era que seriam contos de fantasia ou ficção científica, e mas voltado para o cotidiano das pessoas e o quão frágeis nós somos. Foi por isso que gostei deste livro, Gaiman consegue misturar todos quase todos os estilos literários em um único livro com nove contos. Gaiman nos mostra que mesmo na fantasia, na ficção científica, ou no terror, todos nós, seres humanos, somos coisas frágeis, que podem ser quebradas por uma simples brisa de outono. O que as pessoas fazem para conseguir o que querem, como em "O Pássaro-do-Sol", onde os integrantes do Clube de Epicurismo vai até a Cidade do Sol para capturar e comer o Pássaro-do-Sol; ou o que o Senhor Alice faz para conseguir um ser tão belo quanto os anjos. Eu já estava esquecendo, que capa é essa? Dá medo, rs. Mas esta capa com a garota que parece ser de porcelana que está quebrando é muito boa, demonstra realmente a nossa fragilidade.
 Não tenho muito o que falar dos contos, só posso dizer que todos nós somos "Coisas Frágeis", cada um com seu sonho, seu amor, seu modo de ver o mundo, seu modo de ter fé, em acreditar em algo mesmo sabendo que isso não exista. Enfim, a vida é muito curta para ficar "evitando a dívida moral".

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