8 de agosto de 2014

O Inimigo de Deus - Livro II d'As Crônicas de Artur, de Bernard Cornwell


Aviso: A sinopse abaixo contém Spoilers do final d'O Rei do Inverno.

 Sinopse: Artur saiu vencedor da sangrenta batalha no Vale do Lugg e conseguiu seu objetivo: Unificar os Reinos da Britânia sob um juramento de fidelidade ao jovem Rei Mordred. Chegou, então, a hora de um confronto definitivo contra os saxões, para expulsá-los de uma vez das terras britânicas e alcançar uma era de paz e prosperidade.
 Mas um grande conflito pode atrapalhar seus planos: a luta entre os antigos Deuses e os cristãos. Para Artur, não importa se a nova religião vencer, desde que isso não atrapalhe seus objetivos. Um homem, porém, jamais se esquecerá da antiga fé: Merlin, se ele conseguir reunir os Treze Objetos Sagrados da Britânia, espalhados quando os romanos devastaram Ynys Mon, a Ilha Abençoada, os Deuses serão restaurados e os saxões serão lançados ao mar e o cristianismo será apagado até o último vestígio.
 O mais poderoso desses objetos é o Caldeirão Mágico. Para recuperá-lo, Merlin deverá partir em uma jornada que o levará a lugares perigosos e desconhecidos. Nessa viagem, contará com o auxílio de sua magia e da espada de Lorde Derfel, um dos mais poderosos guerreiros de Artur, que segue com ele rumo aos confins da Terra em busca do tesouro. O caos, porém, toma conta de toda a Britânia. E onde menos espera, Artur recebe golpes duríssimos, que põem em risco sua vida, família e todos os planos para o reino.
[...]

 Aviso: A opinião que se segua abaixo pode ter alguns Spoilers do livro anterior e desse. Mas evitei colocar informações de grande importância. Você foi avisado.

 Opinião: Demorei para ler esse livro (em relação ao tempo em que eu li O Rei do Inverno) e também este post está um pouco atrasado, porque eu estava louco para terminar O Escolhido (opinião em breve), mas isso é para outro dia, em outro post. Os personagens e o ambiente que Bernard cria/descreve são incríveis, que faz com que você viva naquela época. Algumas "informações" (se é que posso falar assim) estão ditas no post do primeiro livro (link acima), como por exemplo como os capítulos são começados.
 Artur, o Rei que Nunca Foi, o Inimigo de Deus e Senhor das Batalhas, finalmente consegue a paz entre os reinos da Britânia, uma paz consequência da batalha do Vale do Lugg. Os reinos estão finalmente se entendendo e se unindo para guerrear com um inimigo em comum: os dois reis saxões que ocupam o extremo leste da ilha, numa região chamada Lloegyr. Após o inverno que se seguiu a batalha do Vale de Lugg, Artur reúne o exército bretão e vai em direção ao leste. Mas antes disso algumas coisas importantes acontecem.
 Derfel é convocado por Merlin e Nimue (com quem tem um juramento) para ir com eles atrás do Caldeirão Mágico, um dos Treze Tesouros, pela Estrada Sombria e adentrar no reino de Lleyn, reino esse de um terrível rei irlandês que não lembro o nome, rs. Então, Merlin, Nimue, Derfel, Ceinwyn (porque só uma virgem pode encontrar o caldeirão), e mais alguns guerreiros vão atrás desse caldeirão. Merlin faz um juramento aos deuses que se ele não encontrasse o caldeirão, ele morreria, e isso começa a ocorrer no momento em que ele pisa na Estrada Sombria. Mas o pior estava por vir, o rei de Lleyn estava esperando por eles e os encurrala em Ynys Mon, onde supostamente o caldeirão está enterrado. Após acharem o caldeirão e Merlin quase morrer (mesmo eu achando que ele morreu e ressuscitou após colocarem ele dentro do caldeirão), e depois fazer uma magia para eles saírem de lá sem serem vistos e voltar à Britânia dos bretões. Assim, Merlin possui onze dos Treze Tesouros.
 Um pouco antes dessa viagem, Lancelot, o irritante (o personagem mais ridículo criado até agora ,para mim, pelo tio Bernard) iria se casar com Ceinwyn, mas algo acontece e ele não se casa, mas ainda assim torna-se o Rei da Silúria, o pequeno reino a oeste de Gwent que ficou sem rei após a batalha do Vale do Lugg. Mas como Lancelot é ambicioso, ele quer mais e não se conforma de Ceinwyn abandoná-lo no dia do noivado. Então Lancelot é batizado como cristão para poder fazer parte do "clube" de Mitra sem ter o perigo de perder se houvesse uma votação. E, antecipando um pouco, quando Artur está para a guerra contra os saxões, Lancelot fica na fronteira entre o reino saxão do sul e o reino dos Bélgicos para se houver uma invasão do rei Cerdic. E sendo Lancelot, ele fica com uma ambição de ser rei daquelas terras.
 Após voltar dessa incrível aventura com Merlin, Lorde Derfel Cadarn e os Cavaleiros do Caldeirão vão para a guerra ao lado de Artur contra os saxões, chegando até Londres, uma cidade construída pelos romanos e que está caindo aos pedaços.
 Guinevere continua incrível na sua feminilidade, e continua também a fazer maquinações para que Artur seja rei, mesmo sabendo que nunca conseguirá isso. Ela até manda construir o incrível Palácio do Mar, perto da Terra dos Bélgicos, porque será? Ela continua odiando com todas as forças o cristianismo, e adorando mais ainda a deusa Ísis, construindo um templo para ela no Palácio do Mar, onde vemos coisas incríveis e descobertas chocantes na última parte do livro.
 Outros personagens aparecem mais nesse segundo volume d'As Crônicas de Artur. Como Sansum, um bispo da Igreja Católica, que fica mais próximo de Lancelot, e assim espera receber mais poder. Sansum é irritante e duas-caras, chegando até a ser aliar a pagãos como Dinas e Lavaine para ter poder. E ainda cria um reboliço com os cristãos por afirmar que Cristo voltará no ano de 500 d.C., ou seja, dentro de quatro anos, criando uma confusão na paz de Artur, e mesmo assim Artur continua permitindo os cristãos no seu domínio. Dinas e Lavaine, gêmeos netos de Tanaburs (aquele que dizia ser druida que Derfel matou) querem vingança e criam um ódio mortal contra Derfel; e ficam acompanhando Lancelot para onde ele vai, mesmo Lancelot ser um cristão batizado, tudo interesse. Os gêmeos de Artur também ficam com Lancelot e estão cada vez piores. Mordred não é mais um bebê e começa a mostrar quem realmente é, um jovem insuportável e odiado por muitos, uma pessoa que não daria um bom rei, e mesmo assim Artur continua apostando todas as suas fichas que no futuro Mordred governará bem e com justiça.
 Para finalizar, Tristão e Isolda aparecem no livro, e a história que o tio Bernard cria para eles é muito boa, até melhor do que o do livro O Romance de Tristão e Isolda, e as suas mortes são tensas e deixa Derfel com muita raiva de Artur, chegando a quase a amizade entre eles acabar. E a Távola Redonda aparece, mas não como a conhecemos, mas como ela aparece na metade final do livro não explicarei nada mais, leiam e saberão. Eu sei que ficou enorme essa opinião, mas queria colocar tudo de importante e acho que consegui. Se você quiser ler as resenhas incríveis da Fernanda do Na trilha dos livros, clique aqui (resenha única dos três livros), aquiaqui e aqui.
 Até mais.

 Se você gostou de O Inimigo de Deus, pode gostar também de:
 A Busca do Graal, de Bernard Cornwell;
 O Último Reino, livro 1 das Crônicas Saxônicas, de Bernard Cornwell;
 O Condenado, de Bernard Cornwell;
 O Forte, de Bernard Cornwell;
 As Crônicas de Gelo e Fogo, de George R.R. Martin;
 A Crônica do Matador do Rei, de Patrick Rothfuss;
 O coração dos heróis, de David Malouf.

Um comentário:

  1. Awwwnnnn!!!!!!!!!!!!!!!! Obrigada pelo carinho!

    Me deu até vontade de reler :)

    Beijo!

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