Mas Hig não perde as esperanças. Enquanto sobrevoa a cidade em um avião dos anos 1950, ele sonha com a vida que poderia ter vivido não fosse pela fatalidade que dizimou todos que amava. Hig é um guerreiro sonhador. E tem uma imensa vontade de gente, apesar da desilusão que se abateu sobre ele. Por isso é capaz de arriscar todo o seu futuro quando, um dia, o rádio de seu avião capta uma mensagem...
Voe com Hig e Jasper e se encante ao descobrir que um mundo melhor pode estar em cada um de nós.
Aviso: Tentei evitar ao máximo colocar Spoilers, mas talvez tenha um ou outro. Você foi avisado.
Opinião: Demorou, mas saiu. Finalmente terminei de ler esse livro. Antes de ir para a minha opinião eu queria dizer que o livro é bom, só que tem algumas cenas que são uma eternidade para acabar, o que o deixa um pouco maçante, mas a história é muito boa e você acaba se apegando com Hig, aquele que conta sua história. Eu fiquei feliz, triste, ri e chorei junto com ele, é um livro que nos toca. Uma história que levarei para sempre comigo.
Há mais ou menos dez anos, uma gripe assola a humanidade e em torno de 90% das pessoas morrem, e os que sobreviveram possuem uma doença no sangue que as deixa com uma aparência horrível e muito vulneráveis a qualquer coisa. Mas algumas pessoas são imunes à gripe e à doença do sangue, o motivo ninguém sabe explicar. Hig e Bangley, aparentemente, são imunes a ambas desgraças. Hig tem um cachorro, Jasper, que o acompanha desde que a gripe começou, e é seu copiloto nos voos que ele faz para proteger o local onde vivem. Outras pessoas também são saudáveis, mas a natureza humana delas faz com que tornem-se canibais, e por isso Hig sobrevoa a área.
Hig sobrevoa a área e sempre pousa em um vilarejo, se é que se pode chamar assim, onde as famílias vivem, como Hig chama as pessoas que vivem ali. Todos dali têm a doença do sangue, e Hig as ajudam com comida que ele planta no pequeno aeroporto e as famílias dão à ele também o que não vão comer. Você vê claramente uma parceria entre eles muito bem estruturada. E as crianças que vivem ali são apaixonadas por Jasper, porque ele é o único cão que elas viram.
Bangley não é tão "cruel" como a sinopse diz, ele não odeia o que sobrou da humanidade, ele só se protege para não ter a doença e com isso ele torna-se um pouco assassino, não deixando ninguém chegar perto do aeroporto, os mata onde quer que estejam. Ele é o personagem que eu mais gostei no livro, com o desenrolar da história, ele conta para Big Hig (como chama Hig) sua história ou Hig acaba descobrindo com o que Bangley fala. Será difícil esquecer Bangley e sua história, que por sinal é bem conturbada.
Quando Hig escuta um chamado no rádio do avião enquanto voava ele fica meio paranoico por alguns anos (isso ele nos apresenta no livro com flash-back) e um dia ele resolve ir até esse aeroporto onde o sinal foi emitido. Não posso contar mais nada, senão dou spoiler dos grandes, só posso falar que ele acaba encontrando muito mais do que esperava.
Na Companhia das estrelas é um livro que "nos apresenta um mundo pós-apocalíptico tão lindo quanto devastado"; ele "é uma mistura de sensibilidade, percepção da realidade, humor, desejos primitivos, perdas e ganhos...", e realmente é isso tudo. A lição de vida que Hig nos dá é incrível, ele nunca desiste, mesmo quando o universo diz que ele não conseguirá seguir em frente, ele se levanta e segue, mesmo com uma dor de partir qualquer coração. Você ficará torcendo para Hig conseguir o que tempo todo. Um livro que recomendo, mas não desistam dele como eu quase desisti, insista e leia-o até o final, com certeza você não irá se arrepender.
Se você gostou de Na Companhia das estrelas, pode gostar também de:
The Walking Dead, de Robert Kirkman e Jay Bonansinga;
Elantris, de Brandon Sanderson.
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