15 de setembro de 2013

Espíritos do Tâmisa, de Ben Aaronovitch

 Sinopse: Peter Grant tinha tudo para ser apenas mais um jovem guarda da Polícia Metropolitana de Londres. Após um encontro inesperado com um fantasma, contudo, ele é recrutado para a unidade secreta que trata de casos relacionados à magia e ao sobrenatural, tornando-se detetive e aprendiz do inspetor Nightingale, o último mago da Inglaterra.
 Sua primeira missão é descobrir quem é o espírito vingativo que anda transformando pessoas comuns em assassinos sanguinários. Com isso, aprende a usar magia, convive com grupos de vampiros e revira covas pela cidade. Além, é claro, de negociar uma trégua entre deuses enfurecidos do rio Tâmisa.
 Com uma linguagem ágil e bem-humorada, Ben Aaronovitch narra a história de um detetive que achava o mundo normal, até conhecer o poder intenso e sobrenatural da magia por detrás do submundo de Londres. Aclamado pelo público e crítica em sua estreia como romancista, o autor foi indicado ao Galaxy National Books Awards como "Autor estreante do ano", além de escrever roteiros para a série de televisão Doctor Who.

 Aviso: Tentei evitar ao máximo colocar Spoilers, mas talvez tenha um ou outro. Você foi avisado.

 Opinião: Se eu soubesse que era tão bom assim, eu teria lido ele há muito mais tempo. Eu terminei de ler o livro a algum tempo, mas não consegui postar aqui no blog porque meu notebook estava formatando. Gostei muito da história, magia e suspense junto, uma combinação excelente, Ben sabe muito bem o que faz. Duas passagens/frases que fizeram eu ler esse livro foram: "O que aconteceria se Harry Potter crescesse e se unisse ao CSI?", Diana Gabaldon (isso está escrito na capa) e a outra não foi bem uma passagem/frase, mas uma parte do livro, que vou colocar abaixo, mas antes tenho que falar que o livro em primeira pessoa:

 - Então magia é real - eu disse. - O que faz de você um... o quê?
 - Um mago.
 - Como Harry Potter?
 Nightingale suspirou.
 - Não, não como Harry Potter.
 - Em qual sentido?
 - Eu não sou um personagem de ficção - disse Nightingale.

 Com isso eu não podia deixar de ler esse livro. Peter cita o tempo todo alguma coisa da realidade, como Big Brother nessa passagem: "Uma grande investigação, assim que começa, é tão excitante quanto ver reprises de Big Brother, embora provavelmente envolvendo menos sexo e violência.". Eu não anotei em qual página isso acontece, e não consegui achar enquanto estava fazendo essa resenha, rs. Mas vamos aos personagens.
 Peter Grant é mulato, uma vez que sua mãe é de Serra Leoa (o que eu achei diferente, porque sempre o personagem principal é branco), irônico e muito distraído, mas mesmo assim é um policial. Depois que ele encontra com o fantasma, sua vida muda drasticamente. Antes, Peter estava sendo enviado para trabalhar ma Unidade de Progressão de Casos da Policia Metropolitana de Londres (MET), ou seja, ele cuidaria da burocracia para o policial atarefado para que ele volta para às ruas para ser "agredido, cuspido e vomitado" como o próprio Peter diz. Depois do seu encontro, Thomas Nightingale o convida para trabalhar com ele na Folly, uma área da MET que cuida de assuntos sobrenaturais.
 Thomas Nightingale é o chefe e único integrante da Folly. Ele é o último mago da Inglaterra, e que depois de ver Peter esperando um fantasma, o chama para trabalhar com ele e se tornar um mago também, e é óbvio que Peter, como qualquer outra pessoa em sã consciência, concordaria sem pensar duas vezes. Thomas é meio estilo Merlin, de O Rei do Inverno, de Bernard Cornwell. Ele é alto, magro e fala pouco, mais do que Merlin, mas mesmo assim pouco. Ele é chamado por Lesley de Voldemort, mas de Voldemort ele não tem nada.
 Lesley é amiga de Peter e trabalha junto com ele na MET, mas não na Folly. Peter é apaixonado por Lesley, mas não fala nada com ela sobre isso com ela. Ela é companheira de trabalho de Peter no começo do livro, mas é "promovida temporariamente", porque precisa de pessoal, para a equipe de homicídios da MET. Lesley, segundo Peter é bonita, mas não podemos acreditar nele totalmente, porque o amor é cego.
 Os personagens secundários não são tão interessantes quanto Peter, Lesley, Nightingale, Molly (um ser que é a empregada da Folly) e Toby, o cão caça-fantasma que Peter adotou sem querer, leiam para saber o porquê. Tem os deuses do rio Tâmisa que aparecem pouco, mas que mostram o seu poder para Peter. Não estou conseguindo lembrar de mais algum personagem coadjuvante que eu gostei, se eu gostar eu atualizo o post.
 Estava esquecendo, as grandes mentes que nós conhecemos estão no livro como "patrocinadores" da magia, como Newton que foi o primeiro a sintetizar a prática de magia, o que achei interessante Ben usar pessoas que nós conhecemos para a construção do seu livro. A história passa em torno de 6 meses, de janeiro a junho/julho. Um livro que recomendo para todos os fãs de Harry Potter e para aqueles que gostam de suspense.

3 comentários:

  1. Nossa, você resenha super bem! Não sei se leria este livro, mas quem sabe um dia haha'

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  2. Oi Vitor!

    Me ganhou com a menção a harry Potter, não preciso de mais nada.

    Beijos!

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  3. Fefa, eu também só li por causa da menção a Harry Potter, e porque achei a capa muito legal, rs.

    Carol, minha prima querida, você não leria esse livro, você sempre diz que não gosta de Harry Potter, lembra?

    Abraços

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